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O depoimento de Cachoeira estava marcado para hoje. No entanto, o advogado do bicheiro, o ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, entrou com um pedido de habeas corpus no STF na sexta-feira (11). Ele argumentava que Cachoeira não poderia comparecer à CPMI enquanto a defesa não tivesse acesso a todos os documentos sigilosos das operações Vegas e Monte Carlo. O ministro Celso de Mello aceitou os argumentos de Thomaz Bastos.
Durante a sessão de hoje da CPMI, ainda em andamento, os integrantes tomaram duas decisões para reagir à decisão do ministro Celso de Mello. Primeiro, decidiram entrar com um agravo regimental no STF contestando a decisão. Além disso, os advogados de Cachoeira terão acesso à secretaria da comissão “nos mesmos moldes ao franqueado aos parlamentares”. Ou seja, somente dentro da sala apelidada de “bat-caverna”, onde os documentos estão guardados, e por tempo limitado. Da mesma forma, não poderão fotografar ou copiar a documentação.
As propostas foram aprovadas quase por unanimidade. Apenas o deputado Silvio Costa (PTB-PE) se colocou contrário ao acesso dos advogados às informações em posse da CPMI. Para o petebista, a defesa de Cachoeira não teve tempo para analisar o conteúdo dos inquéritos e adotou uma tática para postergar o depoimento. “É a primeira vitória de Cachoeira nesta CPI”, disparou.
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