A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão aprovou, nesta quinta-feira (18), o pedido de sequestro judicial de um imóvel no bairro Morumbi, em São Paulo. O apartamento, localizado no Edifício Adolpho Carlos Lindenberg, tem 1.223 metros quadrados e 25 cômodos, além de piscina na varanda. O dono é o ex-presidente da gestora de fundos de investimento, Atlantica Asset Management, Fabrizio Dulcetti Neves. Foragido, ele tem um mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, desde o fim de 2015.
Segundo informações da CPI, o apartamento da Fabrizio vale atualmente R$ 16 milhões, mas ele teria pago R$ 4 milhões. Para o relator da comissão, deputado federal Sérgio Souza (PMDB-PR) essa inconsistência entre o valor real e o pelo qual o bem foi adquirido é um forte indício de desvio e ocultação de prática de crime.
Fabrizio é suspeito de trocar títulos da dívida pública brasileira por títulos da dívida da Argentina e Venezuela. A fraude gerou prejuízo de aproximadamente R$ 400 milhões ao Instituto de Seguridade Social dos Correios e Telégrafos (Postalis).
Uma curiosidade: Fabrizio nunca morou no apartamento e, como não foi localizado, seu nome já foi incluído na lista de procurados da Interpol – o órgão de Polícia internacional.
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Elefante Branco
Corretores de imóveis apelidaram o edifício Adolpho Carlos Lindenberg de “elefante branco”. Os 12 apartamentos do prédio têm a maior metragem do Brasil, sem considerar os dúplex, tríplex e coberturas. O pedido de sequestro será encaminhado a 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
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