Em sua delação, Ricardo contou ter repassado dinheiro desviado do chamado petrolão para 18 políticos de seis partidos (PT, PMDB, PSDB, PP, PTB e PSB). Entre os beneficiários citados por ele, estão as campanhas da presidente Dilma, em 2014, e do ex-presidente Lula, em 2006. Ele afirma ter repassado R$ 7,5 milhões obtidos de maneira ilícita para a eleição de Dilma. O empresário repassou aos investigadores uma planilha que relaciona valores que, segundo ele, foram repassados a ex-tesoureiros do PT como caixa dois.
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Lideranças oposicionistas, como o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), e o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), alegam que o depoimento abre caminho para o pedido de processo de impeachment contra a presidente. A relação de beneficiários também inclui um dos principais nomes da oposição, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), candidato a vice de Aécio Neves (PSDB) na eleição presidencial do ano passado. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) é outro oposicionista mencionado. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Edison Lobão (PMDB-MA) e Fernando Collor (PTB-AL) também são apontados por Ricardo Pessoa como beneficiários de doação feita pela UTC a partir de dinheiro obtido de maneira ilícita.
Todos os citados que se manifestaram até agora negam ter recebido propina e dizem que as doações foram declaradas legalmente à Justiça eleitoral.
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