A CPI da Petrobras aprovou, nesta quinta-feira (9), 73 requerimentos de convocação de depoentes, pedidos de informação a diversos órgãos, acareações e quebras de sigilos bancário, fiscal e telefônicos. Entre os convocados estão o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o empresário Júlio Camargo, o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e o agente da Polícia Federal Jaime de Oliveira, considerado um dos emissários do doleiro Alberto Youssef.
A comissão chamou Cardozo para ouvi-lo sobre as declarações feitas por integrantes do governo de que há “vazamentos seletivos” de informações das delações premiadas na Operação Lava Jato. Júlio Camargo, ex-representante no Brasil da empresa Toyo Setal, fez acordo de colaboração com a Justiça e disse que houve pagamento de propina a diretores da Petrobras, intermediada por Fernando Soares, preso em Curitiba e apontado como operador do PMDB no esquema de desvio de dinheiro da estatal – o que ele e o partido negam.
Marcelo Odebrecht está preso em Curitiba há quase um mês, sob a acusação de pagar propina em troca de contratos na Petrobras. Mais conhecido como “Careca”, o policial Jaime de Oliveira trabalhava no Rio de Janeiro e é acusado de transportar dinheiro de propina a serviço de Youssef.
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A CPI quer ouvir ainda a advogada Beatriz Catta Preta, que defende os delatores Pedro Barusco (ex-gerente da área de Serviços da Petrobras) e Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento). A CPI também quebrou os sigilos bancário, fiscal e telefônico de familiares de Alberto Youssef: as filhas Taminy Youssef e Kemelly Caroline Fujiwara Youssef; a mulher, Joana Darc Fernandes Youssef; e a irmã dele Olga Youssef.
Também foram aprovados novos pedidos de acareação: entre Pedro Barusco, Shinko Nakandakari (operador de estaleiros) e Glauco Legati (funcionário da Petrobras); e entre Augusto Ribeiro de Mendonça Neto (executivo da Toyo Setal), Renato Duque (ex-diretor da Petrobras) e João Vaccari Neto (ex-tesoureiro do PT).
Com informações da Agência Câmara
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