Em São Paulo, estado com o maior contingente populacional mobiliado, 105 municípios foram palco de protestos, muitos de grandes proporções. Na capital paulista, o mais numeroso do país, a Polícia Militar contabilizou 1,4 milhões de pessoas aglomeradas na Avenida Paulista, que acomoda prédios como o Museu de Arte Moderna (MAM) e a sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na região central. Já para os organizadores, 2,5 milhões de pessoas participaram do ato anti-governo – o estado foi onde Aécio Neves (PSDB) impôs a maior derrota a Dilma nas eleições de 2014, com quase sete milhões de votos a mais do que a petista (relembre a geografia das urnas publicada à época por este site).
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Já no Rio de Janeiro, manifestações foram realizadas em 18 municípios. Na capital fluminense, segundo organizadores, um milhão de pessoas lotaram locais como a Avenida Atlântica, em Copacabana. No caso do Rio, no entanto, a Polícia Militar não divulgou números conclusivos sobre os atos. Nas eleições de 2014, Dilma superou seu adversário na corrida presidencial com uma diferença de pouco mais de 800 mil votos.
No Distrito Federal, as manifestações se concentram no centro do poder, nos gramados da Esplanada dos Ministérios e em frente ao Congresso Nacional. Segundo dados da Polícia Militar, 100 mil foram ao protesto. Já para os organizadores da mobilização, 200 mil protestaram contra a corrupção e o governo Dilma.
Em Minas Gerais, berço político do senador Aécio Neves, 27 municípios se engajaram nas manifestações anti-governo. Na capital mineira, Belo Horizonte, a Polícia Militar calculou 30 mil pessoas nas ruas. Para os organizadores, o número é mais de três vezes maior: 100 mil cidadãos. Em Minas, Dilma bateu Aécio com uma diferença de cerca de 500 mil de votos.
Como este site publicou mais cedo, a semana será definitiva para a gestão petista: no embalo dos protestos e da iminência de rompimento do PMDB com Dilma, a Câmara aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal na próxima quarta-feira (16) para instalar comissão que vai analisar processo contra a presidente. É consenso entre observadores da cena política em Brasília que, confirmado o desembarque do principal partido aliado do governo, Dilma perderá de vez as condições de governar o país.
Fontes: Portal G1 e Agência Brasil