Água contaminada e milhares de peixes mortos. Esta é a realidade atual do Lago Paranoá, na zona mais nobre de Brasília. Segundo o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), a região sul do lago está imprópria para banho e pesca devido ao florescimento desregulado de cianobactérias, conhecidas como alga azul. O fenômeno diminui o índice de oxigênio e altera a cor da água para um verde intenso. Não há um prazo para o fim da restrição e as atividades beira-lago, como esportes náuticos, devem ser paralisados até que a situação volte à normalidade.
O surgimento das algas no Paranoá é atribuído, geralmente, à descarga de esgoto na água. Em nota, o governo afirmou que técnicos estão monitorando os locais que apresentam alteração, com visitas e a repetida coleta de amostras da água para análise em laboratório. O trecho mais atingido do lago é entre a Via L4 e as QL 4, 6 e 8 do Lago Sul.
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Até o momento, “a estação de tratamento de esgoto Sul, a mais próxima da região onde ocorre o florescimento das cianobactérias, funciona sem anormalidades”, diz a Companhoa de Saneamento Ambiental (Caesb). Ainda está em análise na Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) se houve contaminação das galerias de águas pluviais que desaguam no trecho sob acompanhamento.
Veja o vídeo gravado por um cidadão e divulgado no facebook Radar de Santa Maria:
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Leia a íntegra da nota do Ibram e da Adasa:
“O Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), no cumprimento das suas funções institucionais, alertam a população para a falta de balneabilidade na região do Lago Paranoá que fica entre a foz do Riacho Fundo e o Pontão do Lago Sul.
A recomendação para que os cidadãos evitem o banho e a pesca na parte Sul do lago deve-se ao florescimento de cianobactérias em uma área específica, que, por ora, vai das proximidades da Ponte das Garças até a Ponte Honestino Guimarães. Essas restrições valerão até o retorno às condições normais de segurança quanto à qualidade da água.
O fenômeno e suas consequências estão sob monitoramento desde a sexta-feira, 11. O alerta sobre a falta de balneabilidade é consequência da expansão da área atingida – inicialmente, a mudança na cor da água para um verde intenso e a mortandade de peixes se restringiam a trecho específico do lago, entre a Via L4 e as QL 4, 6 e 8 do Lago Sul.
O Ibram e a Adasa esclarecem que buscam identificar o que teria causado o anormal florescimento das cianobactérias. Técnicos fazem o monitoramento sistemático dos locais que apresentam alteração, com visitas e a repetida coleta de amostras da água para análise em laboratório.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) informou à Adasa que a estação de tratamento de esgoto Sul, a mais próxima da região onde ocorre o florescimento das cianobactérias, funciona sem anormalidades. E técnicos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) farão a checagem das galerias de águas pluviais que desaguam no trecho sob acompanhamento.
A investigação sobre o florescimento de cianobactérias depende do resultado dos exames laboratoriais. Esses dados vão ajudar a esclarecer a causa e a origem da proliferação da cianobactéria, da mudança na cor da água e da mortandade de peixes. Ibram e Adasa informarão a população até que a situação se normalize.”