O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara instaurou nesta terça-feira (2) processo contra o deputado Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) por suspeita de corrupção. O peemedebista teria recebido dinheiro para beneficiar a organização não governamental (ONG) Casa Espírita Tesloo quando era secretário na prefeitura do Rio de Janeiro (RJ) e teria uma conta na Suíça não declarada à Justiça eleitoral.
O presidente do colegiado, Ricardo Izar (PSD-SP), vai escolher, entre os deputados Wladimir Costa (SDD-PA), Paulo Freire (PR-SP) ou Sérgio Moraes (PTB-RS), o relator do processo. Os três foram sorteados entre os integrantes do conselho.
O processo foi instaurado a partir de uma representação formulada pelo Psol. O relator tem uma semana, a partir da abertura do processo, para se manifestar pela continuidade ou não da apuração que pode culminar na perda do mandato. Após o surgimento do escândalo, Bethlem desistiu de concorrer à reeleição e, agora, com o procedimento instaurado, ele não pode mais renunciar ao mandato para escapar do julgamento pelos colegas.
Bethlem aparece em gravações de áudio de vídeo, divulgadas pelas revistas Época e Veja, admitindo receber propina quando secretário e ter uma conta na Suíça. As gravações foram feitas pela ex-mulher do parlamentar, Vanessa Felippe – ela discordava do valor da pensão após o divórcio.
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Nas gravações, Bethlem falou sobre o esquema num diálogo com a ex-mulher, em 2011. De acordo com as reportagens, pelo esquema, ele recebia até R$ 85 mil por mês (fora do salário) a partir do desvio de dinheiro de contratos firmados pela prefeitura. Também há a suspeita de que o esquema incluía uma empresa que fornecia refeições para ONGs. O parlamentar nega as acusações.
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