O Congresso instalou nesta quarta-feira (6) uma CPI mista, com deputados e senadores, para investigar denúncias de formação de cartel, corrupção e outras irregularidades em licitações, contratos, execução de obras e manutenção de linhas de trem e metrô no estado de São Paulo e no Distrito Federal. No entanto, a escolha do presidente, vice e relator não foi confirmada. Foi adiada para o dia 2 de setembro, quando então deverão começar as atividades da comissão.
A CPI Mista do Metrô foi proposta pela base governista. A maioria dos integrantes integra o bloco de apoio ao governo federal.
A dois meses das eleições, a comissão, cujo pedido para criação foi apresentado em maio, foi instalada em meio a um embate entre oposicionistas e governistas por conta de denúncia de fraude em depoimentos da CPI da Petrobras. Para a oposição, o objetivo da nova CPI é desgastar o PSDB, que tem o senador tucano Aécio Neves em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto na corrida ao Palácio do Planalto contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).
A reunião realizada hoje foi marcada por diversos questionamentos regimentais por parte de governistas e oposicionistas. O senador João Alberto (MA) foi indicado pelo PMDB para assumir a presidência do colegiado, mas não estava presente na reunião, daí os parlamentares acharam melhor adiar a definição. O PT indicou o deputado Renato Simões (SP) para a relatoria, mas a escolha também não foi confirmada pelo colegiado. As obras em questão são de governos estadual e distrital, mas o Congresso pode investigar porque foram usados recursos federais.
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