Um em cada três partidos políticos teve sua prestação de conta reprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No total, as reprovações envolvem nove partidos e representa o segundo pior resultado desde 2000, conforme aponta o jornal O Globo deste domingo (15). As contas julgadas este ano referem-se a 2011 e só perdem, em número de reprovados, para 2003, quando 12 siglas tiveram rejeição parcial ou total de suas contas.
De acordo com a reportagem, o PT, PSDB, PR, PPS, PCB, PCO, PRTB, PSL e PTN não conseguiram provar a lisura de suas finanças, de um total de 29 prestações de conta analisadas pelo tribunal. Apesar das reprovações, as legendas serão beneficiadas com o fundo eleitoral criado na reforma política aprovada este mês e estimado em R$ 1,7 bilhão para as campanhas de 2018.
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Entre as diversas irregularidades, estão a apresentação de notas fiscais incompletas, suspeitas de desvios, uso de verba do fundo partidário para o pagamento de empresas de dirigentes das siglas por supostos serviços prestados ao partido, compra de vinhos e até reforma em residência de presidente de legenda, conforme revela a jornalista Silvia Amorim.
De acordo com lei eleitoral, os partidos são obrigados a apresentar todo ano a prestação de contas sobre o uso do fundo partidário, além de informar contabilidade de campanha em ano eleitoral.
“Em 2011, ano em que nove siglas tiveram contas rejeitadas, o total de recursos públicos geridos pelos partidos foi de R$ 265 milhões. O montante equivale a 10% do que eles terão em 2018 — R$ 900 milhões do fundo partidário e R$ 1,7 bilhão do fundo eleitoral, este exclusivo para as campanhas”, diz trecho da reportagem.
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