O clima frio é sempre convidativo para um bom vinho, e Brasília já conta com ótimas opções de “wine bar”, onde a bebida de Baco pode ser experimentada e regada com queijos e frios e outras guarnições especiais. Muitas vezes, são espaços multifuncionais, que congregam enotecas, com muitas variedades de rótulos à venda, e restaurantes.
Um prestigiado bar de vinho, a Grand Cru, com endereços no Lago Sul (QI 9/11) e na Asa Sul (412 Sul), além de possuir excelente carta de vinhos e local acolhedor, inova ao promover, todos os sábados de manhã, o “café com feira”, dando um ar europeu às manhãs do cerrado. Além do delicioso café da manhã (provem os ovos Benedict!!), é possível fazer as compras da semana na feirinha agroecológica que atrai a freguesia do lado de fora, no gazebo. São todos produtos selecionados, de altíssima qualidade e muito saudáveis.
Outro espaço consolidado para os amantes do vinho é o Piantas Bistrô, na 403 Sul, com diversidade de rótulos, além de entradas e boas opções de pratos principais. Na 410 Sul há a loja/adega da World Wine, com vinhos nacionais e estrangeiros e comidinhas para a harmonização. O sommelier e consultor da importadora, Marcos Rachelle, é um profissional dedicado e muito talentoso, além de ser quase um pioneiro da enologia em Brasília. Pode-se pedir vinhos por taça saídos da Enomatic, máquina que serve vinhos por dose e garante melhor qualidade da bebida depois da garrafa aberta.
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O mais badalado bar de vinho da capital é o IVV Swine Bar, na 314 Norte, onde os vinhos podem ser degustados com petiscos de porco (o nome é uma brincadeira de “swine”, porco em inglês, com a palavra “wine”, vinho). A casa é descolada e vive lotada, inverno, verão e meia-estação. O sommelier Eduardo Nobre conseguiu a proeza de deixar o lugar convidativo para amantes de vinhos de qualquer idade. É loja, clube e bar e um dos meus locais preferidos em Brasília. Valorizo especialmente a atitude simpática do IVV oferecer como cortesia, a garrafa de água filtrada.
Inaugurado recentemente na 301 do Sudoeste, o La Cave se apresenta como um espaço intimista e romântico, carta de vinhos variada e petiscos gourmets. Os empresários jovens, Marco Túlio Correa e Igor Soares, projetaram o lugar não só para os discípulos de Baco, mas também como opção de drinks requintados e comidinhas elaboradas.
O surgimento de lugares especiais e profissionais para se provar um bom vinho é a melhor maneira de alavancar o consumo da bebida, que ainda está em níveis modestos por aqui. Nos países do velho mundo, com cultura secular de enologia, os campeões são a França (42,5 litros/ano); Portugal (41,7) e Itália (33,3).
Segundo o Anuário do Vinho do Brasil (edição de 2015), aqui são consumidos dois litros por habitante. Bem menos do que os vizinhos Chile e Argentina, que consomem 17,4 e 23,4 litros respectivamente. Mas devagar, de taça em taça, a gente um dia chega lá!
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