“Alguns especialistas chegam a estimar que a campanha de Dilma não teria custado menos do que R$ 1,3 bilhão. Isso significa que ela declarou um quarto do que teria efetivamente gasto”, declarou Gilmar, um dos sete ministro que, no TSE, julgarão ações que pedem a cassação da chapa eleita.
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Como este site mostrou no último domingo (6), o corregedor-geral do TSE), ministro Herman Benjamin, relator dos processos, diz que tenta imprimir celeridade à análise do processo. Para o magistrado, a decisão colegiada sobre o caso (“O maior da história do TSE”, disse) será “histórica” e responsabilizará os agentes do petrolão pelos prejuízos da Petrobras no exterior – esquema que, segundo investigações da Operação Lava Jato, irrigou campanhas eleitorais em 2014. “Este é o maior processo da história do TSE.”
Segundo o jornal Valor Econômico, Gilmar disse que o TSE “foi iludido” ao considerar que teria chegado ao fim, com as eleições de 2014, o artifício do caixa dois – prática criminosa que consiste em financiar campanhas com recursos não contabilizados. Para o ministro, o julgamento do mensalão, que levou à cadeia diversos figurões da política, teria sido suficiente para coibir novas ocorrências.
Crítico costumeiro do PT, Gilmar destacou que diversos tipo de ilegalidade foram detectados nos processos em curso no TSE (doações de empresas sem capacidade financeira ou de beneficiários do Bolsa Família, em tese não aptos a fazer doações). O ministro disse ainda que, segundo descobertas da Lava Jato, empreiteiras doaram para a chapa Dilma-Temer como forma de pagar pelo direito de executar obras em contratos com a Petrobras.
Ainda de acordo com o ministro, que já considerou a hipótese de separação das contas de campanha de Dilma Rousseff e de Michel Temer para efeitos de julgamento, a decisão final do TSE será histórica. “[O caso Dilma-Temer] vai nos permitir verificar o que foi feito na campanha de 2014 e vai nos permitir dizer o que não poderá mais se fazer”, acrescentou o magistrado, referindo-se às doações de campanha.
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