O processo contra o deputado federal André Vargas (sem partido/ ex-PT-PR), acusado de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef em negócios ilícitos, só vai ser retomado depois das eleições de outubro. O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, Vicente Cândido (PT-SP), não convocou para esta quarta-feira (3) reunião do colegiado, cuja pauta está trancada por um recurso apresentado pela defesa de Vargas contra decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
Relator do recurso, o deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ) negou o pedido do deputado, mas o relatório só vai ser apreciado pela comissão após as eleições de outubro, já que o Congresso suspendeu as atividades no período eleitoral porque os parlamentares estão se dedicando a campanhas, com exceção do “esforço concentrado” em uma semana de agosto e nesta semana.
André Vargas quer que a CCJ anule o processo conduzido pelo Conselho de Ética, cujo parecer é favorável à cassação do seu mandato. Vicente Cândido alegou que o quórum na Casa está muito baixo e que o relatório e processo em questão são extensos. Com isso, a comissão não fez nenhuma reunião no “esforço concentrado” desta semana.
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André Vargas não está concorrendo nas eleições deste ano. Mas ele poderá disputar um cargo no próximo pleito se conseguir evitar a cassação do mandato atual, já que não seria enquadrado por isso na lei da Ficha Limpa. Ele também é alvo de uma ação movida pelo PT por infidelidade partidária – se a Justiça decidir que o mandato pertence ao partido, Vargas se livrará de cassação porque o processo na Câmara perderia o sentido.
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