O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, voltou a afirmar hoje (16) que não existem “indicadores objetivos” que liguem a presidenta da Petrobras, Graça Foster, a irregularidades investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. O ministro disse, no entanto, que a permanência de Graça Foster à frente da estatal depende de uma avaliação de governo.
“Da minha parte é fundamental dizer o seguinte: atos ilícitos devem ser apurados. Relativamente à presidenta da Petrobras, não há nenhum ato ilícito que possa implicar qualquer juízo de valor. A partir daí, qualquer cargo no governo, tanto o meu, como o de qualquer ministro, qualquer dirigente de estatal fica, evidentemente, a critério da avaliação do próprio governo”, disse Cardozo após cerimônia de entrega do Prêmio Innovare, em Brasília.
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Perguntado sobre reportagem do jornal Valor Econômico, em que a geóloga da Petrobras Venina Velosa da Fonseca diz ter informado Graça Foster sobre irregularidades na companhia antes de a Polícia Federal deflagrar a Lava Jato, Cardozo defendeu a apuração dos fatos e a punição de envolvidos.
“Já falei que relativamente à direção da Petrobras não temos efetivamente indicadores objetivos de práticas ilícitas e nada tenho mais a acrescentar sobre o assunto. Acho que as investigações devem continuar, o governo tem a posição muito clara pelas investigações e aqueles que praticaram atos ilícitos devem ser punidos”, disse o ministro.
Em nota divulgada na última sexta-feira (12), a Petrobras informou que tomou todas as providências para elucidar os fatos citados na reportagem do jornal Valor Econômico. Segundo a empresa, “não procede a afirmação de que não houve apuração por parte da companhia” em nenhum dos casos citados por Venina Velosa da Fonseca.
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