As críticas são decorrentes das ações da PF nas operações Lava Jato e Zelotes, que motivaram inquéritos e denúncias contra ministros, lideranças do PT e de siglas da base aliada. No último dia 26, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na empresa do um dos filhos do ex-presidente Lula, Luís Cláudio Lula da Silva, investigado na Operação Zelotes. José Eduardo Cardozo disse que pediu esclarecimentos à PF para saber se houve excessos ou “algum desmando” na ação. O ministro afirma que tem “uma profunda admiração” por Lula, e que nunca recebeu críticas diretamente do ex-presidente. “Mas Lula tem todo o direito de não gostar de mim”, avalia.
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Para Eduardo Cardozo, o trabalho desempenhado pela chefia de uma pasta como o Ministério da Justiça é, invariavelmente, desgastante. O petista conta que perdeu amizades e conquistou inimigos dentro e fora do partido. “Se você quer, na vida política, se comportar dentro dos princípios do estado de direito, se prepare para ter inimigos e perder amigos”, atesta.
Em relação à sua permanência no comando da pasta, Cardozo negou que tenha entregado o cargo para a presidente Dilma Rousseff, e que nunca discutiu prazos para encerrar seu trabalho no ministério. “Aqui permaneço enquanto a presidente quiser e enquanto eu achar que posso contribuir com o projeto”, declarou.
Veja a entrevista completa no jornal Folha de São Paulo
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