Recém-eleito presidente da Comissão de Turismo e Desporto, o deputado Romário (PSB-RJ) trabalha pela abertura da CPI da CBF – requerimento nesse sentido já está protocolado na Câmara desde 5 de dezembro – e não está só em sua ofensiva contra o atual presidente da CBF, José Maria Marin. Como este site registrou em 1º de abril, ele, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e o engenheiro Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto durante a ditadura militar, protocolaram na CBF uma petição com 50 mil assinaturas em favor da destituição de Marin. Na ocasião, eles sequer foram recebidos pela direção da entidade.
Petição com 50 mil assinaturas quer saída de Marin da CBF
Em outra frente, Ivo Herzog recorreu à autoridade máxima do futebol mundial. Em carta endereçada no último sábado (13) ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, pediu que as denúncias contra Marin sejam apuradas no comitê de ética da entidade. A mensagem foi transcrita ontem (15) na íntegra, em inglês, no blog de Juca Kfouri.
“Eu, milhares de brasileiros e as imprensas local e global estamos indignados porque temos uma pessoa que construiu sua vida apoiando uma ditadura e abraçou a polícia secreta de um regime que sequestrou, torturou e assassinou dezenas de pessoas que exigiam o retorno da democracia e da liberdade. Meu pai era uma dessas vítimas. É inaceitável termos alguém com um legado terrível como o de José Maria Marin como representante e anfitrião da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014. Presidente Blatter, eu apelo que José Maria Marin seja levado ao Comitê de Ética da Fifa por conduta imprópria”, diz trecho da carta de Ivo Herzog, que também faz referência ao protocolo das 50 mil assinaturas na CBF.
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