A Corregedoria da Câmara criou nesta quarta-feira (11) uma comissão de sindicância para investigar os deputados envolvidos no esquema de jogo ilegal do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Os casos de Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Rubens Otoni (PT-GO) e Sandes Junior (PP-GO) serão analisados por um grupo formado por cinco deputados. Todos já foram notificados para apresentar suas defesas.
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O anúncio foi feito após reunião do corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), com o líder do Psol, Chico Alencar (RJ), e o presidente da Frente Parlamentar contra a Corrupção, Praciano (PT-AM). O pepista informou aos dois colegas que pretende fazer oitivas e investigar os casos envolvendo os três. Por enquanto, não foram abertos procedimentos contra os outros dois deputados que também apareceram nas investigações da Polícia Federal como envolvidos com Cachoeira: Jovair Arantes (PTB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ).
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De acordo com Alencar, a intenção é que as investigações da Casa caminhem em paralelo com a CPI mista que deve ser criada nos próximos dias. “A investigação da Corregedoria é mais focada na situação de cada parlamentar”, afirmou o líder do Psol. Cada deputado investigado terá um relator, que deve ser indicado até amanhã (12). A partir da notificação, Léreia, Otoni e Junior têm cinco dias úteis para apresentar a defesa.
O relator, então, terá até 45 dias para apresentar um relatório. O parecer vai recomendar ou não à Mesa Diretora que seja aberto um processo por quebra de decoro parlamentar na Conselho de Ética. Caso o órgão acolha a denúncia, eles não podem mais renunciar para escapar da cassação por conta da Lei da Ficha Limpa. A legislação prevê a inelegibilidade de oito anos contadas a partir do fim do mandato.
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