Segundo a assessoria da Câmara, três licitações servirão para substituir os atuais contratos. Hoje, a Câmara gasta cerca de R$ 50 milhões por ano com a comunicação. É o valor do pagamento às empresas, que empregam 282 terceirizados, somado a uma estimativa dos salários dos 95 jornalistas e seis profissionais de audiovisual concursados. O menor salário de jornalista é de R$ 15 mil por mês.
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Desse valor, R$ 28,6 milhões são pagos às empresas terceirizadas, que empregam mais gente, já que os salários dos não-concursados são mais baixos. O maior salário de jornalista concursado é de R$ 21.584,05, mas esses rendimentos podem ser acrescidos por gratificações e cargos comissionados.
O primeiro pregão eletrônico está marcado para a próxima quinta-feira (16), às 10h, e o último, para 20 de maio. Os valores de referência de R$ 29 milhões são o limite de gastos pela Câmara. Ganha quem oferecer a proposta com menor preço.
GASTOS COM COMUNICAÇÃO
Funcionários concursados e terceirizados somam 383 pessoas
Fonte: Congresso em Foco, com base em dados da Câmara
Baixa audiência
Apesar de a missão da Câmara não ser produzir notícias, o deputado Reguffe (PDT-DF) defende que, por princípio, não deveria haver terceirização de mão-de-obra. “A Câmara deve fazer concurso”, avaliou. “É melhor ter menos terceirizações no serviço público. No geral, elas não atendem melhor o interesse público”, disse ele à reportagem.
O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que a qualidade da TV Câmara é alta se comparada à baixa audiência alcançada. Além dos debates ao vivo no plenário e nas comissões, a emissora exibe programas culturais, de debate entre parlamentares e até especialmente voltados ao público jovem. Para Alencar, a TV já deveria ter sinal liberado em rede aberta. Só proprietários de antenas parabólicas e assinantes de TV paga conseguem assistir à emissora. Na internet, também há transmissão ao vivo.
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