Após acionar a Justiça pedindo a prisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Denílson Teixeira (PV-MG) assumiu o mandato de deputado federal. Ele entra na vaga deixada por Antonio Roberto (PV-MG), que se aposentou por invalidez no primeiro semestre. Apesar de faltar apenas 44 dias para o encerramento da legislatura, ele receberá parte dos salários de dezembro, o vencimento de janeiro completo e ainda terá direto a usar as verbas previstas na Cota para Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap).
“Digo a todos que estou muito feliz, sem constrangimento, sem ressentimento, sabendo que fazemos parte de um Estado Democrático de Direito, e esta Casa decidiu por bem que agora era o momento de me dar a posse”, afirmou o deputado no seu primeiro discurso em plenário. Ele afirmou que, mesmo sem ter sessões programadas até 31 de janeiro, pretende visitar os ministérios com a intenção de “abrir portas para o centro-oeste mineiro, de modo especial para a minha cidade querida e o meu povo querido de Arcos, para que nós possamos levar as benfeitorias que o centro-oeste esquecido merece e precisa”.
Após esperar seis meses pela posse, disse “não guardar” mágoas de nenhum integrante da Mesa Diretora da Câmara. Denílson era o segundo suplente do PV em Minas Gerais. Com a aposentadoria de Antonio Roberto, deveria assumir o Subtenente Gonzaga, que saiu do PV e entrou no PDT. O partido, então, pediu a vaga na Justiça e ganhou. Mesmo assim, a Casa empossou Gonzaga. Somente com o mandado de segurança apresentado semana passada, pedindo a prisão de Henrique Alves e a responsabilização da Mesa Diretora, é que Denílson assumiu o cargo.
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