Bumlai é suspeito de tráfico de influência, na intermediação de empréstimo de R$ 60 milhões tomado pelo Banco Schahin do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Polícia Federal apura se parte do dinheiro foi repassado como propina ao PT.
Bumlai também é suspeito de ter participado da corrupção na Petrobras desde o governo Lula. O MPF e a PF suspeitam que Bumlai utilizou contratos firmados na Petrobras para quitar empréstimos junto ao Banco Schahin. O dinheiro desses financiamentos, segundo os investigadores, foi a fonte de repasses ilegais ao PT. O Ministério Público suspeita que a dívida de Bumlai com o Banco Schahin foi perdoada em troca da contratação de uma empresa ligada ao banco para fornecer um navio-sonda à Petrobras.
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É o que diz, inclusive, o principal acionista do grupo Schahin, Salim Schahin. Em delação premiada, ele afirmou que esse contrato – para operação do navio-sonda Vitória 10.000 – foi uma compensação do perdão de uma dívida que o PT tinha com as empresas do grupo. O empresário afirma que em 2004 seu banco emprestou R$ 12 milhões a José Carlos Bumlai, que alegou que o dinheiro era para o PT.
Conforme Schahin, para confirmar que o dinheiro era para o PT, Bumlai marcou um encontro entre os acionistas do grupo Schahin com o então tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Como Bumlai não pagou o financiamento, em 2005 o banco lhe fez outro crédito para que ele pudesse quitar a primeira dívida. Em 2009, o grupo assinou contrato no valor de US$ 1,6 bilhão, sem licitação, para operar o navio-sonda. Em seguida, disse o empresário, a dívida de Burlai – que nunca foi paga – foi perdoada.
Veja a íntegra do depoimento:
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