Esfaqueado em pleno ato de campanha em Juiz de Fora (MG), em 6 de setembro, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi diagnosticado com uma infecção leve nesta quinta-feira (27) e, devido à descoberta, não mais terá alta hospitalar nesta sexta-feira (28), como estava previsto. Segundo o cirurgião Antônio Luiz Macedo, um dos médicos que atendem o deputado fluminense no hospital Albert Einstein, em São Paulo, informou que uma bactéria foi encontrada em cateter retirado ontem (quarta, 26) do abdome de Bolsonaro.
Devido à infecção detectada, a equipe médica decidiu estender a aplicação de antibióticos por mais tempo, como forma de precaução. Segundo reportagem do portal UOL, há a expectativa de que Bolsonaro deixe o hospital paulistano entre sábado (29) e domingo.
Antônio disse que a aplicação de antibiótico, um procedimento intravenoso, não terá “repercussão” em Bolsonaro. A bactéria encontrada, explicou o cirurgião, é um germe simples, de pele, e “de fácil tratamento”. A preocupação agora é saber se a bactéria chegou à corrente sanguínea.
A reviravolta no estado de saúde de Bolsonaro, que se recuperava satisfatoriamente no Albert Einstein, impôs problemas logísticos à campanha do deputado. Ainda segundo o UOL, passagens aéreas já haviam sido adquiridas para transportar o candidato e membros de sua equipe para a tarde desta sexta-feira (28). Bolsonaro partiria do aeroporto de Congonhas, localizado perto do hospital, e aterrissaria no aeroporto Santos Dumont, centro do Rio de Janeiro.
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Há 20 dias fora de combate, ele é esperado para os dois últimos debates televisivos entre os presidenciáveis, nas emissoras Record, no próximo domingo (30), e Globo, na próxima quinta-feira (4 de outubro). Mas o presidente do PSL e conselheiro de Bolsonaro, Gustavo Bebianno, já avisou que o correligionário não participará dos debates.
“Ele não pode falar por tempo prolongado. Há uma forte recomendação médica para que ele evite ao máximo falar, porque na fala ele produz gases no abdômen e isso dá uma distensão abdominal. Aí ele sente muitas dores. Pelo menos por mais uma semana, dez dias, ele deve procurar não falar muito”, informou Gustavo, segundo a agência Reuters.
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