Dirigentes dos partidos de oposição ao governo de Jair Bolsonaro vão se reunir na próxima quarta-feira (7) em Brasília para definir um calendário de mobilizações contra o presidente para o mês de agosto. A reforma da Previdência e o ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Abraham Weintraub (Educação) são os principais alvos.
“[Os temas da reunião são] conjuntura política, ações conjuntas em todo calendário do mês de agosto. Temos várias mobilizações”, disse ao Congresso em Foco, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Na mesma quarta-feira, Fernando Haddad (PT), que disputou o 2º turno das eleições presidenciais com Bolsonaro, irá à Câmara dos Deputados participar do lançamento de programa de emprego e renda.
Além de Gleisi, irão participar da reunião dos partidos os presidentes do PSB (Carlos Siqueira), do PDT (Carlos Lupi), do Psol (Juliano Medeiros) e do PC do B (Luciana Santos).
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Serão definidas estratégias conjuntas contra a reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional. Todos os partidos presentes na reunião fecharam questão contra a reforma, apesar do fato de haver dissidências dentro do PDT e PSB.
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Perguntados pelo Congresso em Foco se temem movimento parecido no Senado, o presidente do PSB, Carlos Siqueira disse: “não vamos antecipar problemas que podem não acontecer”, já o presidente do PDT, Carlos Lupi, declarou que todos os senadores pedetistas votarão contra.
Nesta segunda-feira (5), líderes dessas legendas e representantes da minoria e da oposição na Câmara dos Deputados reuniram-se para organizar a obstrução da votação em 2º turno da reforma.
Estão marcados para o dia 13 de agosto uma série de atos contra a gestão de Abraham Weintraub no Ministério da Educação. O programa Future-se, que busca incentivar o investimento privado em universidades federais, será uma das principais reclamações dos protestos.
No dia 19 de agosto é previsto um ato de juízes contra o ministro Sergio Moro.
Desde o dia 9 de junho, o site Intercept faz uma séries de reportagens que revelam que Moro atuava em conluio com os procuradores da Lava Jato na condução da operação quando era o juiz responsável por analisar os casos de 1ª instância em Curitiba.