Para o mercado, Lula impedido de concorrer, ou mesmo impossibilitado de fazer campanha, é mais importante do que Lula preso, mas é claro que a perspectiva da prisão torna essas duas perspectivas ainda mais remotas. Felizmente!
Já para a análise política, o que mais importa agora é discernir qual a preocupação que terá maior peso na decisão do eleitor, na hora de escolher o próximo presidente: economia, combate à corrupção ou segurança pública?
O discurso e a ‘persona’ do Bolsonaro conjugam a segunda e a terceira variável. Nesse sentido, ele está bem posicionado, na frente dos virtuais adversários de centro. Nenhum deles mostrou-se ainda capaz de apresentar uma candidatura viável e empolgante, quadro que poderia mudar se Doria tomasse o lugar de Alckmin.
Outro foco merecedor de atenção é o desenrolar da disputa na rinha dos outsiders.
Adendo: a cada vez mais provável saída de Lula do chamado proscênio acelerará a luta pela definição da candidatura esquerdista mais viável. Todos os concorrentes desse campo ideológico estão de olho, é claro, no espólio lulopetista. Uma herança que já não parece tão portentosa assim. Formalmente, na eleição de 2016, o PT perdeu cerca de 60% das prefeituras que controlava, mas, na prática e no conjunto (dado o peso de megamunicípios como SP), isso representava 90% de sua antiga máquina de poder.
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Ainda sobre a candidatura presidencial da esquerda, estou curioso para ver o desfecho da queda de braço, no PSB, entre Siqueirinha, presidente da legenda, e Joaquim Barbosa.
O segundo não aceita candidatura alguma além da presidencial. O primeiro procura se equilibrar entre os interesses da família de Eduardo Campos e dos candidatos proporcionais, que estão angustiados com a grana escassa para suas campanhas, ainda mais se forem obrigados a dividi-la com uma candidatura ao Planalto.
Agora, eu pergunto a vocês: nesta nova conjuntura, pós-STF, poderá surgir uma onda Alckmin?
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