O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que o ex-deputado federal Carlos Alberto Rodrigues, conhecido como Bispo Rodrigues, trabalhe em uma emissora de rádio sediada em Brasília (DF). Ele é um dos condenados no julgamento do processo do mensalão do PT por corrupção e lavagem de dinheiro. Na decisão, Barroso considerou que Rodrigues se entregou “voluntariamente” para o cumprimento da sentença e que não há risco de fuga.
“Constata-se que Bispo Rodrigues apresenta a aptidão para o trabalho pretendido – de supervisor de manutenção na rádio Antena 9”, disse Barroso. A Antena 9 é ligada à igreja Universal. Bispo Rodrigues já sido autorizado, mas o benefício tinha sido cassado pelo presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que acabou renunciando à relatoria do processo do mensalão sob a alegação de que os advogados dos condenados passaram a atuar politicamente na ação, por meio de manifestos e insultos pessoais.
Para Joaquim Barbosa, os condenados deveriam cumprir o mínimo de um sexto da pena para ter direito ao benefício de sair da prisão para trabalhar. Novo relator do caso, Luís Roberto Barroso avaliou nesta semana que a exigência de cumprimento de um sexto da pena teria impacto em todo o sistema prisional. Os outros ministros, exceto Celso de Mello, votaram pela derrubada da exigência.
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Barroso já tinha liberado os ex-deputados federais Valdemar Costa Neto (PR) e Pedro Corrêa (PP), Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT) e Jacinto Lama (ex-tesoureiro do extinto PL) para trabalho externo, além do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Todos, incluindo Bispo Rodrigues, foram condenados pelo STF à prisão, em regime semiaberto (entre quatro e oito anos), por participação no mensalão do PT.
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