Com uma bancada de 22 deputados, o Partido Republicano Brasileiro (PRB) decidiu apoiar a reeleição do atual presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) e obrigou o primeiro secretário da casa, Beto Mansur (PRB-SP), a desistir de concorrer. A manobra permitirá que o PRB ocupe um posto importante na Mesa Diretora, mesmo que não seja o poderoso cargo de Mansur que funciona como uma espécie de prefeitura da Casa.
Com a adesão do PRB, Mansur decidiu apoiar a reeleição de Maia e só estuda recolocar seu nome novamente no páreo se a reeleição do presidente for barrada pelo Supremo Tribunal Federal. A candidatura do atual presidente está sendo questionada no STF pelas bancadas do Solidariedade e o PDT. As ações deverão ser julgadas antes do dia 2 de fevereiro, data da eleição interna para escolher o ocupante do segundo cargo na sucessão presidencial depois que o impeachment afastou definitivamente a ex-presidente Dilma Rousseff e Michel Temer assumiu o seu lugar.
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Mansur já avisou a Temer que desistiu de concorrer. Mas alertou o presidente que a disputa para a presidência da Câmara pode ser mais difícil que o esperado pelo Palácio do Planalto. O presidente da República tem dito que não tem preferência por nomes. Mas nenhum outro concorrente de maia acredita. Ministros importantes do governo já estão fazendo campanha pela reeleição de Maia, mesmo depois da promessa de Temer de não interferir na disputa.
Blocos
Maia e o Palácio do Planalto estão tentando impedir a formação de blocos parlamentares para evitar que bancadas como a do PDT, que lançou o nome do o deputado André Figueiredo (CE), e PTB, que trabalha para a eleição do líder da bancada Jovair Arantes (GO), possam se unificar e comprometer a reeleição do atual presidente. Para evitar este risco, Maia tem prometido aos aliados que pode lançar a candidatura já com os demais nomes da Mesa Diretora escolhidos de acordo com a proporcionalidade do tamanho de cada bancada.
A base parlamentar de apoio ao governo está dividida em relação ao apoio a Maia. A do PSB, por exemplo, está entre o apoio à reeleição do presidente e a candidatura de Julio Delgado (MG). O partido é oficialmente da base de apoio a Temer, tem até ministros em pastas importantes, como a de Minas e Energia, mas nada garante todos os votos da legenda.
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