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Segundo Picciani, a bancada votou majoritariamente, em uma das reuniões sobre a pauta de votações, pelo fechamento de questão em favor dos vetos. Como este site mostrou mais cedo, o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), também já assegurou o voto de seus 17 correligionários a favor do governo. São necessários os votos de ao menos 257 deputados e 41 senadores (maioria absoluta) para que tais negativas presidenciais sejam derrubadas.
Questionado sobre a iminência da vitória governista ao menos em “pautas-bomba” que preocupam também o mercado, como o reajuste de até 78% para servidores do Judiciário, Picciani preferiu não arriscar, mas manifestou otimismo. “Vamos aguardar [o fim da votação]. Eu acredito que sim [manutenção do veto ao reajuste]”, declarou o líder peemedebista.
Interlocutor frequente de Dilma nas últimas semanas, Picciani adiantou à reportagem que, amanhã (quarta, 23), estará em curso mais uma etapa do ensaio de retomada da parceria do PMDB com o governo. Em nova reunião com a presidenta, Picciani disse que o comando do partido discutirá com a cúpula do Planalto uma reacomodação de representantes da sigla em ministérios, em uma espécie de antecipação da reforma ministerial planejada para os próximos dias.
Hoje (terça, 22), o próprio Picciani levará a Dilma uma lista com quatro nomes para serem colocados em ministérios estratégicos – como o da Saúde, ora ocupado por Arthur Chioro. Com apenas dois nomes da cota do PMDB na Câmara em pastas do atual governo, a ideia é ampliar o espaço em troca de apoio para futuras votações. O provável substituto de Chioro será o deputado Manoel Júnior (PB), pré-candidato do partido à Prefeitura de João Pessoa – a imprensa paraibana já dá como certa a troca. Mas também estão na disputa nomes como os correligionários peemedebistas Leonardo Quintão (MG), José Priante (PA) e Marcelo Castro (PI).
Este site apurou que ministros como Henrique Alves (Turismo) devem ser mantidos em seus postos. Já nomes como Kátia Abreu (Agricultura), no PMDB há apenas dois anos – filiou-se ao partido, egressa do DEM e do PSD, em outubro de 2013 – podem ser substituídos, embora a presidenta Dilma tenda a mantê-la no cargo.
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