Chegou à Secretaria Geral da Mesa da Câmara (SGM) nesta quinta-feira (23) a primeira resposta de autores dos pedidos de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O documento, assinado pelo cidadão Marcelo Pereira Lino, contesta o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e afirma que seu pedido de afastamento da petista não precisa ser ajustado.
Marcelo Lino ingressou com pedido de impeachment por crime de responsabilidade, no dia 18 de março deste ano, motivado pelas denúncias de corrupção na Petrobras.
Na sexta-feira da semana passada (17), reportagem exclusiva do Congresso em Foco revelou que depois de anunciar seu rompimento pessoal com o governo, Cunha despachou ofícios recomendando a atualização e a readequação de 11 requerimentos de impeachment já apresentados à SGM contra a presidente. Atualmente, são 15 pedidos de afastamento de Dilma.
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Um dos autores do pedido de impeachment é o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Os demais são cidadãos de diversas localidades do país. Os 11 ofícios de Cunha são idênticos e deram prazo de dez dias para que os respectivos signatários atualizassem os documentos. A SGM não liberou o conteúdo da resposta de Marcelo Lino à reportagem, mas informou que o fato de Cunha ter sugerido “emenda” aos pedidos originais é apenas o cumprimento de uma exigência regimental.
Bolsonaro formalizou em março o pedido de cassação de Dilma. Na argumentação do requerimento, o parlamentar fluminense acusou a presidente de ter responsabilidade nos desmandos praticados na Petrobras e desvendados pela Operação Lava Jato, investigação que tem Cunha entre os alvos.
“Fica Vossa Excelência notificado para, no prazo de 10 (dez) dias, emendar a denúncia referida em epígrafe, adequando-a aos requisitos da Lei n. 1079/1950 e do Regimento Interno da Câmara dos Deputados”, notifica Cunha, no ofício encaminhado a Bolsonaro e aos demais cidadãos, obviamente alterando o pronome de tratamento para os outros 11 subscritores.
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