Aliados da candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) têm se queixado nos bastidores da ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da campanha ao Palácio do Planalto. As reclamações cresceram desde o primeiro turno das eleições, quando ficou definido que o adversário de Dilma no segundo turno seria o senador tucano Aécio Neves. As informações são destaque na edição de hoje da Folha de S. Paulo.
De acordo com a reportagem, Lula não aparece ao lado de Dilma desde o dia 3 de outubro, ou seja, antes do primeiro turno da eleição. A suposta falta de dedicação à campanha da presidente trouxe à tona críticas de que, pela primeira vez, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoia Aécio, estaria aparecendo mais do que Lula em uma corrida presidencial.
Leia também
O programa eleitoral de ontem trouxe uma mensagem de Lula, mas que foi gravada ainda no primeiro turno. Pessoas próximas ao ex-presidente classificam como “sacanagem” as críticas à falta de empenho do petista. De acordo com essas pessoas, Lula teria se colocado à disposição para novas gravações, mas que ainda estaria “aguardando uma convocação” de Dilma.
Uma das principais preocupações no comando da campanha petista é a importância de Lula para a disputa pelo voto dos nordestinos. Pernambucano, Lula teria um papel essencial na atração desse eleitorado, que está sendo cobiçado por Aécio. Aliados de Dilma criticam, por exemplo, o fato de o ex-presidente não ter se esforçado para evitar que a família do ex-governador Eduardo Campos, morto em agosto, anunciasse apoio aos tucanos.
Petistas engajados na campanha de Dilma também estranharam a ausência de Lula na reunião promovida por Dilma com governadores, senadores e deputados, realizada na semana passada, em Brasília. Segundo a reportagem, aliados de Lula dizem que Dilma escuta as orientações do ex-presidente, mas não as colocava em prática.
Veja a íntegra do texto no site do jornal.
Assine a Revista Congresso em Foco
Deixe um comentário