1) Sete horas de áudios do Sérgio Machado explodem a República Velhaca (1889-2016), que já nasceu torta e enviesada depois de um conluio entre os militarizados revoltados (Benjamin Constant, Deodoro da Fonseca etc.) e as oligarquias do café (do Partido Republicano Paulista), que protestavam contra o fim da escravidão (decretada em 1888); se num país escravagista o fim da escravidão virou motivo para revolução, a sua perpetuação abre brecha para novas revoluções;
2) A Nova República (1985-2016) incrementou a continuidade da roubalheira republicana: Renan disse “que a situação está grave e vai complicar mais” (com as delações da Andrade Gutierrez, OAS e Odebrecht); Sarney confirmou: “As delações da Odebrecht são uma metralhadora calibre ponto 100”;
3) “Pega todo mundo; sobrarão 5 ou 6 políticos” (disse Renan). Devastação geral. A Lava Jato, para a cleptocracia brasileira, está sendo uma verdadeira febre bubônica (peste negra), que dizimou metade da Europa no século XIV (começando pela cidade portuária de Tanais, no Mar Negro);
4) “Aécio está com medo” (disse Renan); “Dilma pediu ajuda eleitoral diretamente para a Odebrecht” (disse Sarney); “Temos que fazer um grande pacto, para estancar a sangria” (afirmou Jucá);
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5) Tramaram um “acordão” (nitidamente antirrepublicano, que incluía até o Lula) para estancar a Lava Jato e criar um parlamentarismo à la carte, que não se concretizou. Era uma “solução à brasileira”, típica dos grandes conluios históricos que as elites econômicas/financeiras fazem com as oligarquias políticas/administrativas para salvar a pele (e o bolso) de todo mundo que se vale do extrativismo para enriquecer;
6) Os carcomidos e corruptos políticos assim como seus respectivos partidos são pura podridão, degradação, degeneração, devassidão, abominação; o brasileiro que der mais um voto para esses corruptos deverá ser tido como “traidor da Pátria” que não pensa no futuro dos filhos e do país; não podemos trocar a incógnita do novo pela certeza da corrupção do antigo;
Publicidade7) Todos os tradicionais partidos comprovadamente corruptos (dos novos, se usarmos lupa, restarão 2 ou 3) deveriam ser eliminados do jogo político e arcar com os imensos danos sociais causados para a população; claro que não há solução sem a política, mas que essa Política seja com “pê” maiúsculo;
8) A putrefação do sistema partidário (um sugador de rendas ilícitas) vem dos tempos da colônia e, sobretudo, do Império (1822-1889), quando saquaremas e luzias – PSDB e PT da época – se digladiavam, enquanto na sombra combinadamente prosperava a roubalheira mancomunada das elites/oligarquias econômicas e financeiras junto com as oligarquias/elites políticas e administrativas; os barões ladrões se entendem entre eles, enquanto o povo se mata pelas suas ideologias, em defesa deles; isso é totalmente incompreensível; falta a muitos digladiadores a perspectiva histórica;
9) Se essa roubalheira cleptocrata (Estado governado por ladrões) que une agentes do mercado com agentes públicos (o público e o privado) é da nossa tradição, é absolutamente ininteligível que em pleno século XXI, depois de 516 anos de rapinagens e pilhagens bilaterais (elites econômicas e financeiras + oligarquias políticas e administrativas), o povo perdedor desesperado (sem emprego, sem estudo qualificado, sem saúde, sem escola, sem transporte decente, sem mobilidade social, sem segurança, sem futuro…) ainda fique dividido (fazendo o jogo dos ganhadores) e não reconheça os inimigos do bem comum: os barões ladrões extrativistas que sugam a riqueza do país em benefício deles (elites/oligarquias), que são os donos cleptocratas do poder;
10) É hora de acordar. É hora de união. Vamos esquecer os abomináveis partidos. Os 13 anos de lulopetismo corrupto escancararam a podridão de todo o “sistema extrativista” (político-partidário-eleitoral-empresarial), que mantém a ignorância e o analfabetismo do povo enquanto promove o enriquecimento politicamente favorecido de poucos (das elites/oligarquias). Crise + caos = colapso. É hora de fazer o gigante acordar, sabendo bem quem são todos os inimigos da nação.
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