Na madrugada do dia 20 de abril de 1997, um difícil capítulo da capital federal foi escrito. Deitado em uma parada de ônibus na Asa Sul estava o índio Galdino Pataxó. Ele deixou a terra do seu povo, a área de Caramuru/Paraguassu, no sul da Bahia, no dia 18 daquele mês, para participar de reuniões e comemorações que marcavam o Dia do Índio, em evento organizado pela Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília. Assim que a solenidade terminou, ao tentar voltar para onde estava hospedado, o Galdino não conseguiu transporte público. Por isso, resolveu dormir no ponto de ônibus. Foi quando um grupo de cinco jovens passou pelo local e ateou fogo no índio. Galdino Pataxó morreu poucas horas depois do ataque.
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Nesta quinta-feira (20), 20 anos depois da morte do então líder do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe, será realizado um ato em homenagem a Galdino no local onde ocorreu o crime, entre as quadras 703 e 704 Sul, área que hoje se chama Praça do Compromisso. Os assassinos de Galdino foram julgados em 2001 e condenados a 14 anos de prisão, mas em 2004, apenas três anos depois, já estavam todos em liberdade.
As atividades começarão às 18h. Os presentes assistirão a apresentações culturais e depoimentos de lideranças indígenas, e poderão participar de uma caminhada para relembrar a resistência e a luta dos povos indígenas contra as constantes violações aos seus direitos em território nacional.
O ato inter-religioso é organizado pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Conselho Indigenista Missionário, Rede Ecumênica da Juventude, Conselho Indígena do Distrito Federal, Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília, Comissão Brasileira Justiça e Paz e Fórum Ecumênico ACT – Brasil.
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