O secretário parlamentar Job Ribeiro Brandão afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que o ex-ministro Geddel Vieira Lima costumava lhe entregar maços de dinheiro que deveriam ser contados na casa da mãe do ex-auxiliar do presidente Michel Temer. Ele também afirmou que a prática se intensificou a partir de 2010.
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O assessor, lotado no gabinete do irmão de Geddel, o deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), foi preso após suas digitais terem sido identificadas em cédulas encontradas em um apartamento atribuído ao ex-ministro em Salvador. O “bunker” do ex-ministro, preso pela segunda vez em 8 de setembro, abrigava mais de R$ 51 milhões, resultando na maior apreensão de dinheiro em espécie pela PF.
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Em 19 de outubro, o ministro Edson Fachin concedeu prisão domiciliar ao assessor e outro envolvido no caso, sob pagamento de fiança de 100 salários mínimos e proibição do uso de telefones e internet, além do contato com outros investigados. Eles também estavam presos desde o início de setembro.
No depoimento, Ribeiro Brandão disse que Geddel levava maços de dinheiro para que ele contasse na casa de sua mãe. Os valores, que ficavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil por vez, eram entregues em pacotes de papel pardo, envolvidas em fitas ou até mesmo soltas e que Lúcio nunca lhe entregou dinheiro. Job também afirmou desconhecer a origem e o destino do dinheiro que contava dentro de uma sala na casa da mãe dos Vieira Lima.
Geddel foi preso dois dias depois da descoberta do apartamento com caixas e mochilas de dinheiro. Ele já cumpria prisão domiciliar desde julho, em seu apartamento de luxo em uma região nobre de Salvador, sem tornozeleira eletrônica, equipamento que estava em falta no estado. O ex-ministro está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, desde então.
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