“Sempre defendi, e continuo defendendo, que o governo aprofunde seus cortes. Quanto mais profundo for o corte, mais condições você tem de discutir a elevação da receita. É fundamental perseverar no aprofundamento do corte. Cortar mais, mais e mais, porque aí você ganha legitimidade, credibilidade, confiança para discutir alternativas de elevação da carga”, disse Renan, sem querer arriscar o futuro percentual da possível volta da CPMF.
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“O buraco fiscal está posto, o Legislativo vai discuti-lo e, na medida do possível, nós vamos colaborar com uma solução. Esse é o propósito. Mas, do ponto de vista do Senado, é difícil predizer o que vai acontecer com a CPMF – porque para chegar ao Senado, ela precisa ser aprovada na Câmara”, acrescentou.
Perguntado sobre como vê a recriação da CPMF, Renan tergiversou e preferiu insistir no discurso do debate sobre a questão. “Não é oportuno o presidente do Senado declarar se é a favor ou contra a elevação da carga tributária. O Legislativo sempre resistiu a aumento de imposto, historicamente”, ponderou o peemedebista. “Não há como sonegar o debate.”
Pleito por 0,18%
Durante a reunião, Renan ouviu a demanda dos governadores por uma alíquota mais elevada do que os 0,20% de toda e qualquer movimentação financeira. Com um percentual de 0,38%, defenderam os mandatários estaduais, uma fração de 0,18% poderia ser dividido entre estados e municípios.
Publicidade“O senador Renan entende o problema, tem um filho que é governador”, disse o governador do Rio de Janeiro, Fernando Pezão (PMDB), referindo-se ao colega de Alagoas, Renan Filho (PMDB). “[Renan] está vendo as nossas aflições e as entende como ninguém. Aqui [entre os senadores] tem muitos ex-governadores, ex-prefeitos de capital que são bem sensíveis a esse pleito que estamos colocando hoje, que é um pleito justo”, acrescentou.
Além de Pezão e Renan Filho, participaram da reunião os governadores do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB); do Piauí, Wellington Dias (PT); da Bahia, Rui Costa (PT); de Minas gerais, Fernando Pimentel (PT); e do Amapá, Waldez Góes (PDT), além do governador em exercício de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSB), e da vice-governadora do Acre, Nazaré Araújo (PT).