O presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Joe Valle (PDT), revogou a polêmica norma que proibia a entrada de pessoas com roupas muito curtas na Casa. Com a decisão, que já foi publicada no Diário Oficial da Câmara Legislativa, as regras sobre vestimentas ficam temporariamente suspensas. Joe Valle deu 20 dias, que podem ser prorrogados por mais 20, para que o coordenador da Polícia Legislativa, Valdinei Cordeiro Coimbra, apresente uma nova portaria sobre o assunto, após ouvir as comissões de Direitos Humanos e de Assuntos Sociais.
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O novo “código de vestimenta” estava previsto em portaria assinada por Coimbra. O texto não definia as medidas do que poderia ser considerado “roupa muito curta”, nem quem seria o responsável por fazer tal tipo de avaliação. A medida, por outro lado, autorizava o deputado que estivesse presidindo sessões plenárias e a própria polícia legislativa a abrir exceções. Somente eles poderiam permitir a entrada de visitantes em “trajes sumários”.
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A decisão não foi bem recebida por frequentadores do Parlamento de Brasília e também por uma parte dos distritais. Entre outros motivos alegados, o fato de que a Câmara Legislativa se preocupa com o guarda-roupa de visitantes e funcionários no momento em que enfrenta uma de suas piores crises de representatividade.
Dos 24 deputados distritais, 12 são réus na Justiça. Alguns já foram condenados em primeira e segunda instâncias e continuam no mandato graças a recursos. Os dados são de levantamento divulgado em 26 de abril pelo Correio Braziliense.
O basta, não aos seus integrantes acusados de crimes, mas a “trajes sumários” como shorts, bermudas, bonés, camisetas regatas e “roupas muito curtas” dos frequentadores se dá três semanas após a Mesa Diretora ter livrado da cassação cinco deputados distritais réus na Justiça, suspeitos de desviar recursos de emendas parlamentares.
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