A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou as indicações de Alexandre Cordeiro para a Superintendência Geral (SG) do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e Polyanna Vilanova para o conselho da autoridade antitruste. Ambos receberam 16 votos a favor e nenhum contra. A decisão agora cabe ao plenário do Senado. A informação é do jornal Valor Econômico.
Nenhum senador questionou as indicações do presidente Michel Temer, que receberam críticas internas e externas por conta de uma politização da autoridade antitruste, o que é visto como uma novidade por quem acompanha a autarquia. Os questionamentos começaram com a nomeação de Alexandre Barreto para a presidência do órgão, que seria uma indicação do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e do conselheiro Maurício Bandeira Maia, escolhido pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
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Segundo o jornal, Temer revogou a indicação da técnica do Cade Amanda Athayde para a SG dias após tê-la escolhido e indicou para o seu lugar o conselheiro Alexandre Cordeiro, que seria apadrinhado pelo senador Ciro Nogueira (PP-PB). Amanda era uma escolha do ministro da Justiça, Torquato Jardim.
A sabatina de Cordeiro de Polyanna durou cerca de uma hora e teve perguntas de quatro senadores. Elas abordaram, principalmente a concentração no setor agropecuário e citaram um caso ainda em análise no Cade, a compra da Monsanto pela Bayer. “A operação entre a Monsanto e a Bayer é de característica mundial e gerou preocupação no mundo e no Brasil. Não é uma operação simples e subiu para o tribunal para que se avalie eficiência dessa operação”, ponderou Cordeiro.
Polyanna acrescentou que “o caso acabou de sair da SG [Superintendência Geral] do Cade com diversos questionamentos. Nenhuma decisão será tomada no afã, a tecnicidade sempre foi extremamente rigorosa no Cade”.
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