“Hoje damos por encerrada as discussões referente à fusão do partido com o PTB. Tratativas aconteceram, mas chegamos a um impasse e o tempo passou. Por fim, entendeu-se que a discussão da fusão, que foi autorizada pela própria Executiva, determinava riscos para o partido, um risco sério de não participarmos do processo eleitoral, e, portanto, era preciso interromper”, declarou Agripino.
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Em março, a presidente Dilma sancionou com vetos lei (13.107/15) que trata da fusão de partidos políticos. Um dos vetos retirou a possibilidade de que políticos com mandato, eleitos por outras legendas, pudessem se filiar ao novo partido criado por fusão sem ter o cargo reivindicado. Esse era um dos atrativos para qualquer parlamentar insatisfeito com sua sigla migrar para outra sem o risco de ser denunciado à Justiça eleitoral por infidelidade partidária.
Principal crítico da fusão, o líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), comemorou o encerramento das negociações. Ele ameaçou deixar a sigla caso o processo de unificação fosse concluído. Para o senador, não havia como explicar ao eleitorado como um partido oposicionista, como o DEM, poderia se unir ao PTB. Embora se declare independente em relação ao governo, o PTB ocupa o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, com o ministro Armando Monteiro Filho.
Caiado diz que o DEM tem de reforçar seu papel de opositor. “É preciso assumir nosso papel de verdadeiro representante do sentimento de grande parte da população. O Democratas é hoje um partido 100% de oposição e assim deve permanecer para as próximas eleições, uma decisão lúcida e condizente com o momento do país”, defendeu. “A fusão do Democratas está sepultada. Manter a nossa coerência ideológica é uma decisão lúcida e condizente com o momento do país”, acrescentou.
Em abril, as bancadas do PTB na Câmara e no Senado também rejeitaram a fusão, articulada pela presidente do partido, a deputada Cristiane Brasil (RJ). Na ocasião, ele reiterou que as negociações continuariam independentemente da posição de deputados e senadores petebistas.
PublicidadeO líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), também defendeu que o partido procure atrair políticos insatisfeitos em outras legendas. “Temos quadros qualificados, consistentes que significarão atratividade para trazermos novos nomes ao DEM, o que poderá ser multiplicado caso a janela da fidelidade seja de fato aprovada no Congresso”, afirmou.
Na reunião desta quinta, a Executiva do DEM definiu o calendário das convenções partidárias, no qual o partido pretende discutir novas estratégias para se fortalecer nos estados, nos municípios e no Congresso. A convenção nacional ficou marcada para dia 10 de dezembro. Já as convenções estaduais deverão ocorrer entre 15 e 30 de agosto. Já as municipais serão realizadas entre 5 e 30 de outubro.
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