Réu e alvo de mais de dez outros processos no Supremo Tribunal Federal (STF), oito deles referentes à Operação Lava Jato, o peemedebista reclamou da “pressão” do presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, sobre senadores em plenário durante votação de um pacote de projetos contra supersalários – prática comum no Judiciário e no Legislativo – aprovado no final da noite desta terça-feira (13). Instantes depois da reprimenda ao magistrado, Renan pediu desculpas pelas palavras e fez uma menção indireta à ex-amante e jornalista Mônica Veloso, com a qual teve uma filha e por causa de quem acabou virando réu no STF.
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“Peço até desculpas, também, ao presidente da Ajufe, o Veloso. Eu nunca me dei bem com esse nome, infelizmente…”, lamentou Renan, provocando risos em plenário.
A menção indireta a Mônica Veloso remete à denúncia, em 2007, de que o lobista Cláudio Gontijo, da empreiteira Mendes Júnior, pagava R$ 16,5 mil mensais à jornalista como uma espécie de pensão alimentícia informal. Segundo reportagem da revista Veja, entre 2004 e 2006 a empreiteira recebeu R$ 13,2 milhões em emendas parlamentares do senador destinadas a uma obra – feita pela empresa – no porto de Maceió. O caso levou à renúncia de Renan do comando da Casa, naquele ano, para não enfrentar processo de cassação. E, também graças à relação com a jornalista, o caso se desdobrou em denúncia e, posteriormente, à transformação do parlamentar em réu naquela corte.
Antes da situação jocosa, Renan havia denunciado o que considerou defesa de interessas da magistratura em plena sessão plenário do Senado. “Eu queria, sem interromper o senador Cidinho [PR-MT], só dizer que aquela advertência que eu fiz foi quando o pessoal insistentemente o procurou em nome das entidades [da magistratura]. Eu acho isso um exemplo muito ruim, depois de notas repetidas, no momento em que o Senado se debruça para apreciar essa matéria, que é muito importante, vem a pressão em cima dos senadores para apresentar justamente propostas que pretendem preservar os penduricalhos”, interveio Renan, referindo-se às gratificações e demais verbas extras recebidas por juízes.
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