Segundo Polícia Civil, vândalos passarão a ser monitoradas em futuras manifestações
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Na avaliação da secretária da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar, a presença de infiltrados nas manifestações está relacionada aos casos de depredação. “Os grupos perderam o controle da manifestação porque outros grupos infiltrados vandalizaram”, pontuou. De acordo com o governo, a média de efetivo da Polícia Militar nos protestos é de mil policiais, e haverá reforço em próximas manifestações.
O governo reuniu a cúpula da segurança local para avaliar a operação durante as manifestações, que terminou com dezoito pessoas encaminhadas aos hospitais da região, sendo dois policiais militares – um com perfuração de faca nas costas e outro atingido na cabeça. Haverá perícia da Polícia Civil e da Polícia Federal em veículos e prédios. Imagens de câmeras de segurança serão analisadas para identificar pessoas envolvidas no vandalismo e responsabilizá-las.
Segundo o diretor-geral da Políca Civil, Eric Seba, uma vez identificadas, os envolvidos passarão a ser monitorados em futuras manifestações. Seis foram detidos por injúria, desacato, resistência, lesão corporal e/ou dano foram liberados após assinarem termos circunstanciados.
Balanço
Segundo a pasta da Segurança Pública, 27 placas de sinalização foram arrancadas e amassadas ontem (quarta, 30), em ações de vandalismo na Esplanada dos Ministérios. Cones, cavaletes e dois veículos foram queimados (sendo um deles da TV Record). Cinco paradas de ônibus, quebradas. Também foi danificado um controlador de velocidade.
Organização calcula que 50 mil pessoas participaram do ato contra a PEC em Brasília
Em nota, a União Nacional dos Estudantes (UNE) afirmou que “a manifestação organizada pelos movimentos estudantis e sociais neste dia 29 de novembro em Brasília foi um ato pacífico, democrático e livre contra a PEC 55, que está em votação no Senado”. Segundo os estudantes, não houve incentivo a qualquer tipo de depredação do patrimônio público ou violência.
“Em meio aos mais de 50 mil manifestantes, o que nos assusta e nos deixa perplexos é a polícia militar do governador Rolemberg (DF) jogar bombas de efeito moral, gás de pimenta, cavalaria e balas de borracha contra estudantes, alguns menores de idade, que protestavam pacificamente”, conclui a UNE.
Por sua vez, o comandante-geral da Polícia Militar do DF, coronel Marcos Antônio Nunes de Oliveira, explicou que a tropa usou gás lacrimogêneo para dispersão. “Seguimos os protocolos nacionais e internacionais de controle de distúrbio civil, os mesmos que usamos nas manifestações do processo de impeachment.”
Com informações da Agência Brasília