O presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo, defende o uso do conhecimento científico na segurança pública e a aprovação de uma proposta para o aprimoramento da área no país.
A entidade é a favor da criação de uma Secretaria Nacional de Ciências Forenses na estrutura do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o objetivo de coordenar, sistematizar e aperfeiçoar as atividades de criminalística do Brasil. A ideia foi apresentada pela APCF ao deputado Major Vitor Hugo (GO), líder do PSL na Câmara. Vitor Hugo levou a sugestão ao ministério.
“Não dá mais para dissociar ciência e tecnologia de políticas públicas na área de segurança. A secretaria significaria um marco na evolução do sistema criminal brasileiro ao promover serviço de coordenação ampla dos esforços policiais, de investigadores, de peritos oficiais e acadêmicos em torno do desenvolvimento das atividades periciais, desde a preservação de local, coleta de vestígios e a análise das evidências”, diz Marcos Camargo.
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Na avaliação dele, a ideia facilitaria o trabalho dos peritos criminais ao dar prioridade às atuações técnica, científica, estruturada com base na tecnologia. “A criação da secretaria pode melhorar o combate à criminalidade, valorizando o uso da ciência contra o crime. A ideia é integrar todas as perícias criminais do país para que possamos avançar na segurança brasileira para além de repressão, mas também prevenção”, explica.
“O envolvimento integrado da criminalística nacional, comunidade científica e indústrias de tecnologia de ponta poderia sustentar uma administração certeira e com foco na missão de definir soluções efetivas para desmontar a cultura do ‘crime compensador’, além de permitir o desenvolvimento e entrosamento da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), além de ampliar a possibilidade de outros bancos de dados, como balístico, perfis auríferos, fonética forense, madeira, perfil químico de drogas, entre outros”, afirma Camargo.
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