Quando a notícia de que Neymar não jogaria mais a Copa do Mundo de 2014 foi divulgada, o pensamento de muitos torcedores brasileiros voltou ao ano de 1962. No Mundial disputado no Chile, Pelé se machucou no segundo jogo e foi substituído por Amarildo. Naquela Copa do Mundo, o substituto de Pelé foi peça-chave para a conquista da seleção.
No jogo de ontem, os atletas brasileiros não extravasaram em choro, mas em gritos, e ainda tiveram de consolar um dos principais craques e artilheiro desta Copa, o camisa 10 da Colômbia, James Rodríguez após o jogo de sexta-feira (4) entre o Brasil e a Colômbia, em Fortaleza. Para essa tarefa foi escolhido o craque da partida, David Luiz. Fora de campo, depois do apito final do juiz, torcedores das duas seleções ficaram alguns minutos de pé, aplaudindo os jogadores.
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O atacante Neymar voltou ontem à noite ao Rio de Janeiro, no voo fretado da Gol que conduz a seleção brasileira, informou a Confederação Brasileira de Futebol. Ele está fora do Mundial depois de sofrer uma joelhada nas costas que fraturou uma das vértebras. Neste sábado (5), a seleção permanece na Granja Comary, no Rio.
Amarildo, que, junto com Garrincha, foi um dos principais craques de 1962, concedeu entrevista após a contusão de Neymar. Para ele, quem for escolhido para substituir o atual camisa 10 da Seleção tem que ter orgulho de jogar e esquecer que está entrando no lugar do craque da equipe. “O jogador deve ter a tranquilidade para entrar no lugar dele”, disse ele, hoje com 74 anos de idade.
Em sua primeira partida, Amarildo fez uma grande atuação, marcando os dois gols do Brasil na vitória contra a Espanha. Amarildo ainda marcou o primeiro gol do título do Brasil na final contra a Tchecoslováquia. Depois da competição, ele foi para a Itália, onde jogou por nove anos.
Ele disse não ter preferência pelo jogador que vai entrar no lugar de Neymar. “Quem é que vai entrar não interessa. Interessa é que quem entrar no lugar dele mostre todo o potencial e faça o melhor”, aponta.
PublicidadeO ex-jogador afirmou que essa foi a receita para ele se sair bem em 1962. “Todo mundo no Brasil estava chorando. Só eu estava alegre. Não pelo Pelé, mas por eu ter a chance de mostrar o que eu podia pela seleção. Quando chegou a hora do jogo, joguei como se fosse no Botafogo”, conta.
Ele aponta que o Brasil tem condições de ser campeão da Copa do Mundo mesmo sem o principal jogador. “Quem entrar e quem tiver a missão de substituir o Neymar tem que fazer à altura. Quem sabe o time não melhora sem o Neymar”, aponta. “O Brasil ganhou sem o Pelé em 1962. Tem tudo para ganhar sem o Neymar”, completa.
Ele disse que ganhar uma Copa no Brasil é uma oportunidade única: “Temos a chance de apagar uma mancha negra que paira sobre o Maracanã desde 1950. Por isso, o Brasil tem lutar com ou sem o craque”.
Quando viu pela televisão o lance, Amarildo disse que ficou zangado com Zuñiga e com o árbitro Carlos Velasco. “Entrar com o joelho nas costas é covardia. Não é futebol. O pior é que encontramos um juiz que nem punição deu a ele”. Para ele, a Federação Internacional de Futebol (Fifa) deve punir ambos. O ex-jogador completou dizendo que a entrada do colombiano não pode ser considerada futebol, e sim, luta livre.
Sem choro
Em um jogo menos dramático do que o das oitavas de final, contra o Chile, dessa vez os jogadores brasileiros não extravasaram em choro, mas em gritos, e ainda tiveram de consolar um dos principais craques e artilheiro desta Copa, o camisa 10 da Colômbia, James Rodríguez após o jogo de sexta-feira (4) entre o Brasil e a Colômbia, em Fortaleza. Para essa tarefa foi escolhido o craque da partida, David Luiz. Fora de campo, depois do apito final do juiz, torcedores das duas seleções ficaram alguns minutos de pé, aplaudindo os jogadores.
O atacante Neymar voltou ontem à noite ao Rio de Janeiro, no voo fretado da Gol que conduz a seleção brasileira, informou a Confederação Brasileira de Futebol. Ele está fora do Mundial depois de sofrer uma joelhada nas costas que fraturou uma das vértebras. Neste sábado (5), a seleção permanece na Granja Comary, no Rio.
Durante a partida, a torcida brasileira não se calou um só minuto, se mostrando, inclusive, mais ensaiada em cantos mais extensos do que nas últimas partidas, e dando força aos jogadores da seleção brasileira. Para atuar como o 12º jogador, a torcida marcou ensaios na quinta-feiraa e sexta-feira para chegar afiada para a partida. O principal canto foi: “Dale dale dale ô, dale dale dale ô, o Brasil vai ser campeão”.
Apesar da derrota, o colombiano Ruben Álvarez, de 42 anos, que vive em Bogotá, mas veio ao Brasil acompanhar todos os jogos de sua seleção, disse a equipe fez um ótimo trabalho. “Foi um bom desempenho e James Rodríguez é o melhor jogador deste Mundial”, disse. Outros torcedores que estiveram no estádio, e até os jornalistas colombianos credenciados aplaudiram bastante a equipe no fim do jogo. A Colômbia não disputava um Mundial desde 1998 e nunca tinha chegado nas quartas de final.
Já os brasileiros não se continham de alegria. Sharlene Sales, de 31 anos, que foi ao estádio com o marido e o filho João Vitor, de 5 anos, disse que esperava um placar mais folgado, mas valeu a classificação. “A torcida cearense é a melhor e fez uma ótima festa”, disse. A atenção de João Victor estava voltada a apenas para um jogador. “O Neymar ganhou!’, vibrou.
Do lado de fora do estádio o jogo foi também foi assistido por vários torcedores. Éder da Silva, de 28 anos, trabalhador da construção civil, mora próximo ao Castelão e foi com a esposa e os dois filhos, de 6 e 2 anos de idade, ver a festa dos torcedores, mesmo achando que a partida poderia ser melhor. “Eu queria mais, mas é bom ter um jogo perto assim, atrai gente”, disse.
Neymar
O atacante Neymar voltou ontem à noite ao Rio de Janeiro, no voo fretado da Gol que conduz a seleção brasileira, informou a Confederação Brasileira de Futebol. Anteriormente, especulava-se se Neymar ficaria em Fortaleza, principalmente depois que o jogador foi diagnosticado com uma fratura na terceira vértebra. Ele ficou pouco mais de duas horas no Hospital São Luiz, credenciado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), onde foi submetido a uma tomografia computadorizada.
Segundo Rodrigo Lasmar, um dos médicos da equipe que atende os atletas da seleção, o jogador levará de quatro a seis semanas para se recuperar. “O Neymar, infelizmente, está fora do Mundial. Por sorte, se trata daquilo que chamamos de ‘fratura benigna’. Não é uma fratura que deixe qualquer sequela e o tratamento é conservador, sem cirurgia. O tempo de recuperação varia demais, de jogador para jogador: algo entre quatro e seis semanas. Depende muito”, explicou o médico ao site da Fifa.
A notícia de que Neymar está fora da Copa fora dada a Lasmar minutos antes, pelo chefe da equipe médica da seleção, José Luiz Runco, que acompanhou o jogador no exame de tomografia computadorizada. Até então, a maior preocupação do técnico Luiz Felipe Scolari para o jogo contra a Alemanha era a suspensão do capitão Thiago Silva, devido ao segundo cartão amarelo aplicado no jogo de classificação da seleção para as semifinais. Antes da confirmação, o próprio Felipão, em entrevista coletiva depois do jogo com a Colômbia, admitia que não sabia se Neymar estaria bem para o jogo da próxima terça-feira (8), já que havia sido atingido na coluna e saíra de campo chorando com fortes dores.
A fratura na terceira vértebra, localizada na coluna lombar, veio da joelhada dada pelo colombiano Zuñiga aos 41 minutos do segundo tempo. Depois da pancada, Neymar foi substituído pelo zagueiro Henrique. Amanhã (5), também na disputa para alcançar as semifinais, jogam Argentina e Bélgica, às 13h, em Brasília, e Holanda e Costa Rica, às 17h, em Salvador. (com Agência Brasil)
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