Presidente nacional dos DEM, o senador José Agripino (RN) declarou nesta quinta-feira (12) que o presidente em exercício Michel Temer será “muito melhor” do que os 13 anos de gestão petista na área econômica. Presente à cerimônia de posse de Temer e de 22 ministros por ele escolhidos, Agripino diz que o Brasil passará a ter comando no setor e suporte político-partidário para superar a estagnação provocada, em sua opinião, pelos governos do PT.
“O governo Temer será muito melhor do que esteve até agora, eu não tenho nenhuma dúvida, porque terá comando na área econômica, suporte político-partidário no Congresso, unidade de pensamento e vontade nacional de que dê certo. O país não merece tanta desorganização com a coisa pública. Lutamos para dar à população a oportunidade de sair desta estagnação, deste clima de desemprego, de recessão, que tanto puxou o país para baixo”, diz o senador, ao comentar o discurso de Temer.
Agripino festejou também o fato de o ex-líder do DEM na Câmara Mendonça Filho (PE) ter sido escolhido por Temer para comandar o Ministério da Educação. Para Temer, o deputado e ex-governador de Pernambucano fará um “trabalho primoroso” à frente da pasta.
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“Na Câmara, Mendonça Filho teve uma atuação brilhante, de destaque, conduzindo a liderança do partido com seriedade, responsabilidade e compromisso público. Tenho a absoluta convicção de ele cumprirá, com excelência, seu papel à frente do Ministério da Educação”, acrescentou.
Sobre o discurso de Temer, que falou em “governo de salvação nacional”, Agripino ressaltou a experiência do novo chefe do Executivo. “A informalidade do discurso e os conceitos emitidos de respeito à voz da sociedade foram o ponto alto do pronunciamento do presidente. A consciência da prioridade no combate ao desemprego e o anúncio sincero da necessidade de reformas estruturantes trazem a marca da firmeza de propósitos. Sabe o tamanho da crise e a importância do Congresso na sua superação. Aí é onde a experiência e a capacidade de agregação de tantos anos de militância política farão a diferença”, arrematou.
Investigação
Como apoiador do governo Temer, Agripino também terá de se preocupar com as investigações que correm contra si no Supremo Tribunal Federal (STF) – em meio aos rumores de que a gestão peemedebista, por agrupar inclusive na equipe ministerial alvos da Operação Lava Jato, vai refrear os trabalhos de apuração do esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras. Como este site tem mostrado recorrentemente, Agripino é um dos parlamentares às voltas com a Justiça – condição que não impede que seus colegas de Senado corram para socorrê-lo quando surge uma denúncia.
Leia mais sobre as suspeitas que recaem sobre José Agripino
Agripino teve os sigilos fiscal e bancário quebrados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, no que concerne às movimentações financeiras realizadas entre 2010 e 2015. A decisão foi estendida a mais dez pessoas e cinco empresas supostamente ligadas ao senador do DEM.
Em outubro de 2015, o STF já havia aberto um inquérito contra o senador depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pedido ao Supremo abertura de inquérito contra Agripino – para embasar a solicitação, a PGR recorreu a mensagens detectadas pela Polícia Federal no telefone celular de um dos executivos da OAS, José Aldelmário Pinheiro, já condenado na Operação Lava Jato. Embora não formalmente, Agripino é investigado por suspeita de recebimento de dinheiro da empreiteira, um dos principais alvos empresariais da Lava Jato e responsável pelas obras da Arena das Dunas, estádio de futebol erguido em Natal para Copa do Mundo de 2014.
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