Cerca de 50 agentes penitenciários tentaram entrar nas dependências da Câmara nesta terça-feira (9), mas foram impedidos pelo forte esquema de segurança da Polícia Legislativa. Para pressionar os deputados a aprovar mudanças no relatório da reforma da Previdência, eles foram barrados em todas as entradas do Congresso.
Os policiais legislativos dispõem de armas, spray de pimenta e bomba de gás lacrimogênio para utilizar caso os manifestantes avancem. Os dois grupos se enfrentaram, na semana passada, quando agentes penitenciários interromperam a votação dos destaques à reforma da Previdência e ocuparam o plenário da comissão especial. Na ocasião, policiais legislativos usaram spray de pimenta para reprimir o protesto. Eles reivindicam a inclusão da categoria entre as contempladas pelo direito a aposentadoria especial.
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A Câmara está cercada por grades. Apenas parlamentares, servidores da Casa e profissionais credenciados, como jornalistas, estão autorizados a entrar. Nesta manhã, a pedido do deputado Pepe Vargas (PT-RS), o presidente da comissão especial, Carlos Marun (PMDB-MS), autorizou o ingresso na Câmara de pessoas que haviam recebido senha dos partidos políticos para acompanhar a votação. O número, porém, é restrito.
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Na abertura da reunião em que são votados os destaques da reforma, a oposição pediu a retirada dos policiais e a liberação do acesso ao público externo. Mas o pedido foi ignorado por Marun. “Não me lembro, em 20 anos de casa, de polícia entrar armada aqui dentro. Isso pode degenerar para qualquer coisa”, protestou o deputado Ivan Valente (Psol-SP), um dos mais exaltados com a restrição de acesso.
Deputados votam destaques da reforma da Previdência com policiais armados e Câmara fechada
Câmara proíbe entrada do público externo para evitar protestos
“Covardes! Covardes!”: agentes penitenciários ocupam comissão da reforma da Previdência; veja vídeos
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