Na confusão, o senador Mário Couto (PSDB-PA) saiu em defesa do correligionário, partiu para cima de Lindbergh e foi contido pelo senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) para não trocar agressões físicas com o petista, que é pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. “Não bote o dedo na minha cara, não. Não bote o dedo na minha cara, não”, reagiu Lindbergh, diante do dedo em riste de Mário Couto.
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Veja o vídeo da discussão:
Ao chegar ao plenário para a discussão da proposta, Lindbergh afirmou que Aécio Neves não estava dialogando com a maioria da sociedade ao se colocar contra a aprovação rápida do marco civil. Disse que o PSDB vai cometer um “erro histórico” e vai “pagar nas redes sociais” por ser contra a urgência na aprovação do projeto.
Publicidade“Eu acho que hoje ele e o PSDB aqui deram um tiro no pé. O senador [Aécio] tem dito na televisão que quer conversar com os brasileiros, mas, se estivesse escutando os brasileiros, saberia que nenhum outro projeto mobilizou tanto a juventude do nosso Brasil como esse marco civil da internet. Foram anos de discussão. Vossa excelência diz que quer aprimorar o projeto? Aprimorar o projeto significa voltar para a Câmara dos Deputados e nós sabemos o que foi para esse projeto sair da Câmara”, criticou Lindbergh.
O tucano retrucou dizendo que o petista “chegou mais uma vez atrasado” na discussão e não tem “autoridade política e moral” para criticá-lo. “Vossa Excelência quer fazer graça em uma Casa que deveria ter o seu respeito. Vossa Excelência está trazendo para cá uma disputa eleitoral. Não apequene uma discussão tão importante para a sociedade brasileira”. Aécio prosseguiu: “Não tem estatura política nem moral para debater comigo. Cuide dos seus problemas e dos seus processos. Não venha fazer qualquer ataque a mim, senador”.
Por orientação do Palácio do Planalto, a base aliada quer aprovar ainda hoje o projeto para que a presidenta Dilma Rousseff o apresente na conferência internacional “NetMundial”, a ser realizada amanhã e na quinta-feira em São Paulo (SP). Até o momento, os governistas já conseguiram aprovar a inversão de pauta da Casa para garantir a votação do marco nesta noite. A oposição questiona a urgência da votação.
Apesar de concordar com a proposta, a oposição é contra votá-la com urgência porque quer mais tempo para discutir sobre o tema no Senado.
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