O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), voltou a negar nesta quarta-feira (9) qualquer ligação com o esquema de corrupção na Petrobras. Apontado como um dos alvos do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) em seu depoimento para o acordo de delação premiada, segundo jornais, Aécio disse que há uma tentativa de vinculá-lo à Operação Lava Jato.
“Este escândalo tem DNA, é do PT e de seus aliados”, afirmou o tucano em vídeo divulgado em sua página no Facebook. “Outras tentativas foram arquivadas e desmascaradas porque eram falsas”, emendou.
O senador também convocou os brasileiros a participarem dos protestos marcados para este domingo (13) contra a presidente Dilma. Para a mesma data, em diversas cidades, também há previsão de manifestações em defesa de Dilma e contra o impeachment da petista.
Segundo os jornais Folha de S.Paulo e O Globo, além de Aécio, entre os nomes citados por Delcídio estão parlamentares que já são investigados em inquéritos da Lava Jato, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Valdir Raupp (PMDB-RO).
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Em fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivou a investigação que apurava a suspeita de repasse de propina do esquema de corrupção na Petrobras para Aécio. O relator dos processos da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, seguiu parecer da Procuradoria-Geral da República que concluiu não haver indícios para a continuidade das investigações contra o tucano.
Entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, afirmou em sua delação premiada que repassou R$ 300 mil a um diretor da UTC Engenharia, no Rio de Janeiro, tendo sido informado, na ocasião, que a quantia era destinada a Aécio. Ele declarou que em 2013 fez “umas quatro entregas de dinheiro” a um diretor da UTC de nome Miranda, no Rio.
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