Leia também
Leia tudo sobre o caso Cachoeira
Leia outros destaques de hoje no Congresso em Foco
PublicidadeDe acordo com os registros da comissão, os advogados de Cachoeira estiveram na sala-cofre na quarta-feira (16). O advogado Augusto de Arruda Botelho Neto permaneceu por 31 minutos apenas, e a assistente técnica Kamilla Cristina de Matos Souza consultou o arquivo durante duas horas e vinte minutos. Apenas parlamentares membros da CPI podem entrar na sala-cofre da comissão que guarda todos os inquéritos e gravações realizadas pelas duas operações. Eles devem assinar um registro de presença que contabiliza o tempo gasto por cada um. Mas na terça-feira (15), a CPI aprovou a consulta dos advogados de Cachoeira aos documentos sigilosos.
No entanto, a defesa de Cachoeira alega que, para analisar todo o material que está na CPI, seria necessário, no mínimo três semanas. Na petição, os advogados pedem que o ministro Celso de Mello considere a falta de tempo para analisar as 91 mil conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal e as 15 mil páginas do inquérito a tempo do depoimento de Cachoeira.
A falta de acesso completo aos documentos foi o argumento usado pela defesa para conseguir um habeas corpus, concedido pelo ministro do STF, Celso de Mello, que impediu que Cachoeira fosse ouvido pel aCPI na última terça-feira (15). Para evitar um novo adiamento, os parlamentares decidiram então, abrir a sala-cofre aos advogados de defesa do contraventor, inclusive durante o final de semana.
Para o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), a petição tem por objetivo atrasar os trabalhos da comissão. “Continuo depositando a esperança no despacho desse grande juiz, Celso de Mello. Ele vai se sentir enganado também, como nós estamos nos sentindo enganados. […] O sentimento agora é de indignação, de resignação e de trabalho. Estamos vindo atrás do que eles estão fazendo, para reagirmos, como o presidente da comissão [senador Vital do Rêgo (PMDB-PB)] começou a reagir. Pelo que eu soube, ele já buscou contato com o gabinete do ministro Celso de Mello. Agora, se o STF entender que o prazo não utilizado pela parte tem que ser devolvido à parte, isso é um desacato ao povo brasileiro.”, disse.
Deixe um comentário