A República de Curitiba meteu o Brasil no fundo. Fundo que até o momento provou ser falso. Ela, que tanto procurou fundos falsos de gavetas nas casas alheias, jogou o país em um dos fundos falsos. Digo fundos falsos, no plural, porque há vários. Cada dia que passa o Brasil e os brasileiros pobres rompem um fundo (falso) e afundam mais e mais. E a democracia também afunda.
A República de Curitiba, com o discurso de combate à corrupção, construiu um golpe de Estado, derrubou um governo legitimamente eleito, criou um Estado de exceção e colocou no governo o presidente mais corrupto da história do país. Pior, colocou no poder, com ele, uma organização criminosa.
Aqui na República de Curitiba e no restante do Brasil, que não sei se é República, as panelas estão em silêncio. Creio que o silêncio se deve porque os construtores e construtoras da República de Curitiba estão satisfeitos. Afinal, conseguiram tirar uma presidenta honesta e colocar no lugar um corrupto e seu bando.
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Claro que a República de Curitiba, fruto da operação lava jato, não fez isso sozinha. Ajudaram-na os patos amarelos da Fiesp. A Fiep e outras federações patronais, todas crias do pato amarelo, muitos idiotas que se vestiram de verde e amarelo e, principalmente, a Rede Globo, aquela que faz do povo, ou pelo menos parte dele, de bobo.
A operação lava jato, que se confunde com a República de Curitiba, que se confunde com todos os golpistas, já pariu 15 milhões de desempregados; milhares de moradores de rua; a volta da fome na casa dos mais pobres; o fim da CLT, lei que garantia os direitos para um trabalho digno e alguma esperança de um dia poder se aposentar; desmantelou a politica ambiental; congelou os gastos com saúde, educação, segurança e habitação popular.
PublicidadeO resultado da politica de congelamento dos gastos já são sentidos todos os dias: universidades não têm dinheiro para pagar as contas, há serviços de saúde já atendendo precariamente. Aqui, na República de Curitiba, como em outros locais do Brasil, pessoas ficam até uma semana em uma UPA sem conseguir um leito para internamento.
Interessante: onde anda o Conselho Federal de Medicina (CFM)? Aquele que foi contra o Mais Médicos, ou seja, foi contra que o povo pobre fosse atendido por médicos? Posso deduzir que o silêncio das “panelas” do CFM significa apoio à politica de saúde do governo golpista, que todos os dias ou retira direitos do povo ou agride a categoria médica?
O resultado da forte atuação da República de Curitiba na economia é outra catástrofe. O único projeto que tem é cortar tudo para tapar o buraco fiscal que construíram. Como não foi suficiente, agora vem com o aumento de impostos sobre os mais pobres, como é o caso do aumento da gasolina. Na República de Curitiba, como também nas outras Repúblicas, se é que há, as panelas continuam guardadas.
A República de Curitiba foi além do Brasil, levou a República do Brasil a passar vergonha no mundo todo. O usurpador, representante dos usurpadores da democracia e do Estado de Direito, só dá gafe ou é ignorado por onde passa. Chega a dar pena.
Como disse José Mujica, “tenho pena do Brasil”. Ao que Bresser Pereira respondeu: “E eu tenho vergonha”.
Na reunião do Mercosul, como em todos os lugares que passa, alguém da comitiva dá uma gafe. No caso do Mercosul, deu um cochilo. O Temer falava o óbvio, como se fosse novidade, e por ser o óbvio, Henrique Meireles tirou uma soneca.
Na República de Curitiba, mandam dois fundamentalistas: um procurador e um juiz. Cada um à sua maneira desrespeita a lei em proveito próprio e a favor dos ricos.
Em proveito próprio, o (Deltan Dallagnol) procurador e o (Sérgio Moro) juiz recebem a média mensal superior ao teto salarial permitido pela Constituição, ou seja, estão acima da lei. Estão na ilegalidade.
O senhor Deltan ainda compra casa do programa “Minha Casa Minha Vida”. Isto não é ilegal, mas é imoral. Esta é a moral da República de Curitiba.
A República de Curitiba foi usada como instrumento da destruição do Brasil e do futuro dos brasileiros. E é também um instrumento da construção do ódio e do fascismo.
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