“Em dezembro, IPCA sobe 0,30%e acumula 6,29% em 2016
Período | TAXA |
---|---|
Dezembro de 2016
|
0,30%
|
Novembro de 2016
|
0,18%
|
Dezembro de 2015
|
0,96%
|
Acumulado em 2016
|
6,29%
|
IPCA dezembro foi o mais baixo para esse mês desde 2008 (0,28%). Em 2016, índice acumulou alta de 6,29%, ficando abaixo dos acumulados de 2015 (10,67%) e de 2014 (6,41%). O grupo Alimentação e Bebidas exerceu a maior influência sobre os índices do mês e do ano. Já o INPC variou 0,14% em dezembro e acumulou alta de 6,58% em 2016.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro subiu 0,30% e superou os 0,18% de novembro em 0,12 ponto percentual (p.p.). Mesmo assim, esse foi o IPCA mais baixo para um mês de dezembro desde 2008 (0,28%). Já em dezembro de 2015, o IPCA atingiu 0,96%, maior taxa para um mês de dezembro, desde 2002 (2,10%).
Leia também
Após recuar de 0,26% para 0,18% de outubro para novembro, o IPCA voltou a subir (0,30%) sob influência da aceleração dos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,20% em novembro para 0,08% em dezembro), Despesas Pessoais (de 0,47% para 1,01%) e Transportes (de 0,28% para 1,11%), conforme mostra a tabela abaixo.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Novembro | Dezembro | Novembro | Dezembro | |
Índice Geral |
0,18
|
0,30
|
0,18
|
0,30
|
Alimentação e Bebidas |
-0,20
|
0,08
|
-0,05
|
0,02
|
Habitação |
0,30
|
-0,59
|
0,05
|
-0,09
|
Artigos de Residência |
-0,16
|
-0,31
|
-0,01
|
-0,01
|
Vestuário |
0,20
|
0,32
|
0,01
|
0,02
|
Transportes |
0,28
|
1,11
|
0,05
|
0,20
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
0,57
|
0,49
|
0,07
|
0,05
|
Despesas Pessoais |
0,47
|
1,01
|
0,05
|
0,11
|
Educação |
0,06
|
0,07
|
0,00
|
0,00
|
Comunicação |
0,27
|
0,02
|
0,01
|
0,00
|
Os alimentos subiram de -0,20% para 0,08% devido à alimentação consumida em casa (de -0,47% em novembro para -0,05% em dezembro). Apesar de alguns produtos alimentícios em queda, como feijão–carioca (-13,77%) e o leite longa vida (-3,97%), outros produtos importantes na mesa do brasileiro exerceram pressão contrária, como o arroz (0,21%), as carnes (0,77%) e as frutas (3,39%). Em dezembro, a alimentação fora de casa manteve a mesma taxa de novembro (0,33%).
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
Ano (%) |
|
---|---|---|---|
Novembro
|
Dezembro
|
||
Batata-inglesa |
-8,28
|
-16,12
|
-29,03
|
Feijão-carioca |
-17,52
|
-13,77
|
46,39
|
Feijão-mulatinho |
-0,81
|
-4,39
|
101,59
|
Leite longa vida |
-7,03
|
-3,97
|
12,19
|
Açaí |
-3,32
|
-3,47
|
-3,09
|
Tomate |
-15,15
|
-2,04
|
-27,82
|
Chocolate em barra e bombom |
0,35
|
-1,80
|
19,20
|
Farinha de trigo |
-1,34
|
-1,70
|
3,28
|
Leite em pó |
0,14
|
-1,36
|
26,13
|
Queijo |
-0,23
|
-1,05
|
12,72
|
Sorvete |
-0,07
|
-1,03
|
8,81
|
Refeição fora |
0,19
|
-0,12
|
5,67
|
Item |
Variação mensal
(%) |
Variação Acumulada
Ano (%) |
|
---|---|---|---|
Novembro
|
Dezembro
|
||
Óleo de soja |
1,63
|
6,17
|
13,51
|
Cebola |
6,09
|
4,98
|
-36,50
|
Frutas |
3,00
|
3,39
|
22,67
|
Pescado |
3,47
|
2,84
|
8,98
|
Cafezinho |
-0,03
|
2,62
|
15,78
|
Ovos |
0,57
|
2,16
|
9,96
|
Refrigerante fora |
-0,02
|
1,68
|
10,22
|
Farinha de mandioca |
4,26
|
1,60
|
46,58
|
Café moído |
1,68
|
1,33
|
20,34
|
Doces |
0,50
|
1,17
|
7,86
|
Açúcar refinado |
0,83
|
1,14
|
23,62
|
Macarrão |
0,22
|
1,12
|
9,16
|
Hortaliças |
2,14
|
1,04
|
-4,94
|
Iogurte |
2,10
|
1,01
|
15,10
|
Lanche fora |
0,82
|
0,92
|
10,74
|
Cerveja |
1,05
|
0,81
|
7,56
|
Carnes |
0,22
|
0,77
|
3,01
|
Carnes industrializadas |
-0,20
|
0,73
|
5,76
|
Café da manhã |
0,77
|
0,68
|
12,20
|
Frango inteiro |
2,91
|
0,52
|
7,31
|
Os principais impactos individuais no índice do mês vieram das passagens aéreas, com alta de 26,29% e 0,10 p.p., da gasolina (1,75% e 0,07 p.p.) e do cigarro (4,80%, com 0,05 p.p.). O impacto destes três itens juntos foi de 0,22 p.p., equivalente a 73% do IPCA. Passagens aéreas e gasolina foram os principais responsáveis pelo IPCA dos Transportes (1,11%), a maior alta de grupo no mês. Houve elevação de preços em outros itens desse grupo, como seguro voluntário de veículo (2,92%), diesel (1,47%), etanol (0,75%) e conserto de veículo (0,57%). No caso da gasolina, o aumento foi reflexo do reajuste de 8,10%, a partir de 06 de dezembro. O diesel teve um reajuste de 9,50% na mesma data.
PublicidadeNas Despesas Pessoais (1,01%), a maior pressão veio do cigarro (4,80%), tendo em vista reajustes ocorridos a partir de 1º de dezembro. Houve influência, também, dos serviços de excursão (0,91%), empregado doméstico (0,87%) e cabeleireiro (0,53%). Nos demais grupos, destacam-se as altas de artigos de limpeza (1,18%), plano de saúde (1,07%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), roupa masculina (0,72%), roupa feminina (0,66%).
O principal impacto para baixo (-0,13 p.p.) veio da energia elétrica (-3,70%). Essa queda nos preços se deve à volta da bandeira tarifária verde em 1º de dezembro, em substituição à amarela, que implicava em custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts-hora consumidos. Ocorreu, ainda, queda de 11,49% nas contas de energia de Porto Alegre, reflexo da redução de 16,28% nas tarifas de uma das concessionárias, a partir do dia 22 de novembro. No Rio de Janeiro, o recuo na energia elétrica (-4,98%) refletiu a redução de 11,73% em uma das concessionárias locais, desde 07 de novembro.
Outros destaques em queda de preços foram: TV, som e informática (-2,15%), automóvel usado (-1,65%) e eletrodomésticos (-0,62%).
O índice regional mais elevado foi o de Brasília (1,12%), onde os preços das passagens aéreas tiveram alta de 21,30%, com impacto de 0,40 p.p.. A alta de 1,06% nos preços dos alimentos consumidos em casa também pressionou o resultado do mês. Já a região metropolitana de Porto Alegre (-0,04%) teve o índice mais baixo, com a queda de 11,49% na energia elétrica mencionada anteriormente. A seguir, os índices regionais:
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação
Acumulada Ano (%) |
|
---|---|---|---|---|
Novembro
|
Dezembro
|
|||
Brasília |
2,80
|
0,28
|
1,12
|
5,62
|
Campo Grande |
1,51
|
0,43
|
0,70
|
7,52
|
Vitória |
1,78
|
0,30
|
0,63
|
5,11
|
Fortaleza |
3,49
|
0,13
|
0,60
|
8,34
|
Recife |
5,05
|
0,60
|
0,43
|
7,10
|
São Paulo |
30,67
|
0,26
|
0,35
|
6,13
|
Salvador |
7,35
|
-0,05
|
0,32
|
6,72
|
Rio de Janeiro |
12,06
|
0,04
|
0,25
|
6,33
|
Belo Horizonte |
10,86
|
0,16
|
0,24
|
6,60
|
Belém |
4,65
|
-0,14
|
0,20
|
6,77
|
Curitiba |
7,79
|
0,16
|
0,14
|
4,43
|
Goiânia |
3,59
|
-0,31
|
0,05
|
5,25
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,37
|
-0,04
|
6,95
|
Brasil |
100,00
|
0,18
|
0,30
|
6,29
|
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 30 de novembro de 2016 (base).
Em dezembro, INPC variou 0,14%
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação de 0,14% em dezembro e ficou 0,07 p.p. acima da taxa de 0,07% de novembro. Com isso, o acumulado no ano foi para 6,58%, bem menos do que os 11,28% registrados em 2015. Em dezembro de 2015 o INPC foi de 0,90%.
Os produtos alimentícios variaram 0,05% em dezembro, depois de recuarem (-0,31%) em novembro. Já os não alimentícios (0,18%) subiram menos do que em novembro (0,25%).
O INPC regional mais elevado foi o de Brasília (0,87%), onde os alimentos subiram 0,70%, bem acima do índice nacional (0,05%). Os itens aluguel residencial (1,90%) e passagem aérea (21,30%) também contribuíram para o resultado do mês. O menor índice foi da região metropolitana de Curitiba (-0,15%), conforme mostra a tabela a seguir:
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação mensal (%)
|
Variação
Acumulada Ano (%) |
|
---|---|---|---|---|
Novembro
|
Dezembro
|
|||
Brasília |
1,88
|
0,33
|
0,87
|
5,16
|
Campo Grande |
1,64
|
0,28
|
0,52
|
7,16
|
Fortaleza |
6,61
|
0,24
|
0,51
|
8,61
|
Recife |
7,17
|
0,55
|
0,50
|
7,74
|
Vitória |
1,83
|
0,14
|
0,39
|
5,54
|
Salvador |
10,67
|
0,03
|
0,20
|
7,40
|
São Paulo |
24,24
|
0,07
|
0,14
|
6,48
|
Belo Horizonte |
10,60
|
0,05
|
0,09
|
6,49
|
Belém |
7,03
|
-0,18
|
0,06
|
6,87
|
Goiânia |
4,15
|
-0,40
|
-0,03
|
5,36
|
Rio de Janeiro |
9,51
|
-0,17
|
-0,07
|
6,23
|
Porto Alegre |
7,38
|
0,19
|
-0,12
|
6,90
|
Curitiba |
7,29
|
0,07
|
-0,15
|
4,21
|
Brasil |
100,00
|
0,07
|
0,14
|
6,58
|
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de outubro a 30 de novembro de 2016 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
IPCA acumulado em 2016 (6,29%) é menor que o de 2015 (10,67%)
O IPCA acumulado em 2016 (6,29%) ficou bem abaixo (4,38 p.p.) do IPCA de 2015 (10,67%). Ao longo do ano, as taxas se distribuíram da seguinte forma:
Mês |
Variação (%)
|
||
---|---|---|---|
Mês
|
Trimestre
|
Ano
|
|
Janeiro |
1,27
|
1,27
|
|
Fevereiro |
0,90
|
2,18
|
|
Março |
0,43
|
2,62
|
2,62
|
Abril |
0,61
|
3,25
|
|
Maio |
0,78
|
4,05
|
|
Junho |
0,35
|
1,75
|
4,42
|
Julho |
0,52
|
4,96
|
|
Agosto |
0,44
|
5,42
|
|
Setembro |
0,08
|
1,04
|
5,51
|
Outubro |
0,26
|
5,78
|
|
Novembro |
0,18
|
5,97
|
|
Dezembro |
0,30
|
0,74
|
6,29
|
As principais influências foram os grupos alimentação e bebidas (alta de 8,62% e impacto de 2,17 p.p.) e saúde e cuidados pessoais (11,04% e impacto de 1,23 p.p.). Juntos, estes dois grupos somam 3,40 p.p., responsáveis por 54% do IPCA (tabela a seguir):
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
2015 | 2016 | 2015 | 2016 | |
Índice Geral |
10,67
|
6,29
|
10,67
|
6,29
|
Alimentação e Bebidas |
12,03
|
8,62
|
3,00
|
2,17
|
Habitação |
18,31
|
2,85
|
2,69
|
0,45
|
Artigos de Residência |
5,36
|
3,41
|
0,24
|
0,14
|
Vestuário |
4,46
|
3,55
|
0,29
|
0,22
|
Transportes |
10,16
|
4,22
|
1,88
|
0,78
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
9,23
|
11,04
|
1,04
|
1,23
|
Despesas Pessoais |
9,50
|
8,00
|
1,02
|
0,85
|
Educação |
9,25
|
8,86
|
0,42
|
0,40
|
Comunicação |
2,11
|
1,27
|
0,09
|
0,05
|
Num ano em que a produção agrícola ficou 12% abaixo da colhida em 2015, o consumidor passou a pagar, em média, 8,62% mais caro do que em 2015 para adquirir alimentos. Isto colocou Alimentação e Bebidas (que tem peso de 25% nas despesas das famílias) na liderança dos impactos de grupo. Os alimentos paraconsumo em casa (que tem peso de 17,00% no IPCA) subiram 9,36%, enquanto a alimentação consumida fora de casa (peso de 8,83%) subiu 7,22%. No entanto, no ranking dos impactos individuais, a alimentação fora de casa é líder, com 0,63 p.p. A região metropolitana de Fortaleza (12,05%) foi onde os preços mais aumentaram em 2016 (tabela abaixo).
Região
|
Variação acumulada no ano (%)
|
||
---|---|---|---|
Alimentação e bebidas
|
Alimentação em casa | Alimentação fora | |
Fortaleza |
12,05
|
13,75
|
7,27
|
Belém |
10,40
|
11,41
|
6,95
|
Vitória |
9,90
|
10,65
|
8,43
|
Belo Horizonte |
9,69
|
9,50
|
10,13
|
Salvador |
9,52
|
10,33
|
7,64
|
Campo Grande |
9,32
|
9,74
|
8,25
|
Recife |
9,30
|
11,14
|
4,88
|
Porto Alegre |
8,93
|
9,54
|
7,61
|
São Paulo |
7,83
|
8,23
|
7,23
|
Curitiba |
7,56
|
6,61
|
9,29
|
Goiânia |
7,43
|
7,59
|
7,10
|
Brasília |
7,27
|
8,83
|
5,20
|
Rio de Janeiro |
7,24
|
8,91
|
4,90
|
Brasil |
8,62
|
9,36
|
7,22
|
Entre os alimentos consumidos em casa, houve aumentos significativos, com destaque para os feijões (56,56%) e o arroz (16,16%), que compõem o prato típico do brasileiro:
Item |
Variação (%)
|
Impacto ano (p.p.)
|
|
---|---|---|---|
2015
|
2016
|
||
Refeição fora |
9,71
|
5,67
|
0,29
|
Frutas |
15,23
|
22,67
|
0,23
|
Lanche fora |
10,76
|
10,74
|
0,21
|
Feijões |
21,45
|
56,56
|
0,19
|
Leite longa vida |
8,10
|
12,19
|
0,11
|
Arroz |
9,65
|
16,16
|
0,10
|
Carnes |
12,48
|
3,01
|
0,09
|
Açúcar cristal |
29,99
|
25,30
|
0,08
|
Refrigerante |
10,49
|
11,00
|
0,08
|
Café moído |
11,21
|
20,34
|
0,07
|
Farinha de mandioca |
8,62
|
46,58
|
0,07
|
Queijo |
9,34
|
12,72
|
0,07
|
Leite em pó |
-0,54
|
26,13
|
0,06
|
Pão francês |
12,05
|
4,92
|
0,06
|
Carnes industrializadas |
8,99
|
5,76
|
0,05
|
Refrigerante fora |
10,67
|
10,22
|
0,04
|
Biscoito |
7,77
|
7,97
|
0,04
|
Frango inteiro |
13,42
|
7,31
|
0,04
|
Óleo de soja |
17,17
|
13,51
|
0,04
|
Cerveja fora |
13,21
|
5,02
|
0,04
|
Iogurte |
6,86
|
15,10
|
0,03
|
Cerveja |
8,78
|
7,56
|
0,03
|
Açúcar refinado |
30,30
|
23,62
|
0,03
|
Pescado |
10,75
|
8,98
|
0,03
|
Macarrão |
9,26
|
9,16
|
0,03
|
Chocolate em barra e bombom |
12,27
|
19,20
|
0,03
|
Alho |
53,66
|
19,33
|
0,02
|
Ovos |
18,55
|
9,96
|
0,02
|
Doces |
10,08
|
7,86
|
0,02
|
Chocolate e achocolatado em pó |
9,54
|
13,57
|
0,02
|
Frango em pedaços |
3,43
|
4,15
|
0,02
|
Margarina |
7,44
|
10,73
|
0,02
|
Enlatados |
7,12
|
9,81
|
0,02
|
Já a Cebola (-36,50%), a batata-inglesa (-29,03%), o tomate (-27,82%) e a cenoura
(-20,47%) foram destaques entre os produtos que ficaram mais baratos no ano.
Saúde e Cuidados Pessoais foi o grupo com a maior alta acumulada no ano (11,04%) e o único dos nove grupos cujos preços subiram mais em 2016 do que em 2015. A maior pressão veio das mensalidades dos planos de saúde (13,55%), que teve sua variação acumulada mais alta desde 1997. Já a alta acumulada dos remédios (12,50%) foi a mais elevada desde 2000. Destacam-se, ainda, no grupo, os artigos de higiene pessoal (9,49%).
Os grupos Educação (8,86%), com destaque para os cursos regulares (9,12%), e o de Despesas Pessoais (8,00%), onde sobressai o item empregado doméstico (10,27%), terminaram o ano acima do IPCA. Os demais ficaram abaixo, com resultados entre 1,27% (Comunicação) e 4,22% (Transportes), contribuindo para a contenção da taxa do ano.
No grupo dos Transportes (4,22%), que detêm 18% do IPCA, peso superado apenas pelos alimentos, destaca-se a alta do transporte público (7,78%): ônibus intermunicipal (11,78%), ônibus urbano (9,34%), metrô (9,14%), trem (8,45%), ônibus interestadual (7,66%), táxi (7,06%). Já as passagens aéreas foram a exceção, pois fecharam o ano com queda de 4,88%.
No caso dos ônibus urbanos (9,34%), os reajustes foram expressivos em algumas regiões, mas não ocorreram em três delas: Brasília, Belém e Fortaleza. Em Curitiba ocorreu a maior alta (16,12%), com Porto Alegre (15,38%) e Recife (14,54%) a seguir.
O item veículo próprio (2,91%) ficou muito abaixo do transporte público (7,78%), mesmo com o forte aumento aplicado sobre as multas, que acarretou em uma variação de 68,31% no ano. Já o automóvel novo (0,48%) e, mais ainda, o usado (-4,46%), itens com grande participação no índice, seguraram o resultado do item.
Os combustíveis, também do grupo Transportes, fecharam o ano com 3,25%, sendo 2,54% a variação da gasolina e 2,21% a do diesel. A partir de outubro, o preço dos combustíveis passou a ser definido, mensalmente, pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP). Assim, ocorreu redução em 15 de outubro de 3,20% na gasolina e de 2,70% no diesel. Em 08 de novembro houve redução de 3,10% na gasolina e de 10,40% no diesel. Em 06 de dezembro, alta de 8,10% na gasolina e 9,50% no diesel. Já o litro do etanol subiu 6,66%, após problemas na safra da cana de açúcar.
A principal contribuição para conter a taxa do IPCA acumulado no ano veio da energia elétrica (variação de -10,66% e impacto de -0,43 p.p.), do grupo Habitação (2,85%). Destaca-se a região metropolitana de Curitiba, onde as contas recuaram 21,53% em relação a 2015. A energia também teve forte queda no Rio de Janeiro (-14,19%), Goiânia (-15,65%), São Paulo (-14,11%), Porto Alegre (-12,38%) e Vitória (-9,51%).
Fortaleza foi a região metropolitana com a maior variação (8,34%), devido à alta de 12,05% do grupo Alimentação e Bebidas. O destaque foi para os alimentos consumidos em casa, que subiram 13,75%, bem acima dos alimentos consumidos fora de casa (7,27%). Já o índice mais baixo foi o de Curitiba (4,43%), onde as contas de energia elétrica ficaram 21,53% mais baratas, refletindo a redução, em 24 de junho, de 13,83% nas tarifas, aliada a reduções no PIS/COFINS durante o ano, além do retorno à bandeira verde. Curitiba havia tido a variação mais elevada de 2015 (12,58%), devido ao impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do ICMS sobre vários itens, com vigência desde o dia 01 de abril daquele ano. Na tabela a seguir, os índices regionais:
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação anual (%)
|
|
---|---|---|---|
2015
|
2016
|
||
Fortaleza | 3,49 | 11,43 | 8,34 |
Campo Grande | 1,51 | 9,96 | 7,52 |
Recife | 5,05 | 10,15 | 7,10 |
Porto Alegre | 8,40 | 11,22 | 6,95 |
Belém | 4,65 | 9,93 | 6,77 |
Salvador | 7,35 | 9,86 | 6,72 |
Belo Horizonte | 10,86 | 9,22 | 6,60 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 10,52 | 6,33 |
São Paulo | 30,67 | 11,11 | 6,13 |
Brasília | 2,80 | 9,67 | 5,62 |
Goiânia | 3,59 | 11,10 | 5,25 |
Vitória | 1,78 | 9,45 | 5,11 |
Curitiba | 7,79 | 12,58 | 4,43 |
Brasil | 100,00 | 10,67 | 6,29 |
INPC acumula alta de 6,58% em 2016
O INPC fechou 2016 em 6,58%, abaixo dos 11,28% de 2015 em 4,70 p.p.. Os alimentos tiveram variação de 9,15%, enquanto os não alimentícios variaram 5,44%. Em 2015 os alimentos haviam subido 12,36% e os não alimentícios, 10,80% (tabela abaixo):
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
2015 | 2016 | 2015 | 2016 | |
Índice Geral |
11,28
|
6,58
|
11,28
|
6,58
|
Alimentação e Bebidas |
12,36
|
9,15
|
3,77
|
2,81
|
Habitação |
18,22
|
2,76
|
3,10
|
0,50
|
Artigos de Residência |
5,30
|
3,29
|
0,29
|
0,16
|
Vestuário |
4,10
|
3,67
|
0,33
|
0,27
|
Transportes |
11,77
|
6,02
|
1,82
|
0,93
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
8,75
|
10,63
|
0,85
|
1,01
|
Despesas Pessoais |
10,44
|
8,22
|
0,77
|
0,60
|
Educação |
9,02
|
8,94
|
0,27
|
0,26
|
Comunicação |
2,29
|
1,12
|
0,08
|
0,04
|
A região metropolitana de Fortaleza (8,61%) acumulou a maior alta, refletindo a elevação no grupo Alimentação e Bebidas (12,31%), com destaque para os alimentos consumidos em casa (13,74%), que superaram a alta dos alimentos consumidos fora de casa (7,42%). Já o índice mais baixo foi o da região metropolitana de Curitiba (4,21%), onde as contas de energia elétrica ficaram 22,35% mais baratas. Curitiba havia tido a variação mais elevada de 2015 (13,81%), com o impacto do reajuste de 50% nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vários itens. Os índices, por região pesquisada, são apresentados na tabela a seguir.
Região
|
Peso
Regional (%) |
Variação anual (%)
|
|
---|---|---|---|
2015
|
2016
|
||
Fortaleza |
6,61
|
11,45
|
8,61
|
Recife |
7,17
|
10,39
|
7,74
|
Salvador |
10,67
|
9,96
|
7,40
|
Campo Grande |
1,64
|
10,45
|
7,16
|
Porto Alegre |
7,38
|
11,74
|
6,90
|
Belém |
7,03
|
9,86
|
6,87
|
Belo Horizonte |
10,60
|
9,71
|
6,49
|
São Paulo |
24,24
|
12,02
|
6,48
|
Rio de Janeiro |
9,51
|
11,86
|
6,23
|
Vitória |
1,83
|
9,50
|
5,54
|
Goiânia |
4,15
|
12,19
|
5,36
|
Brasília |
1,88
|
11,47
|
5,16
|
Curitiba |
7,29
|
13,81
|
4,21
|
Brasil |
100,00
|
11,28
|
6,58
|
Comunicação Social
11 de janeiro de 2017″
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