Nesta reta final de campanha eleitoral, mais uma ferramenta da cidadania está rodando a toda velocidade nos smartphones mais antenados com o dia a dia da política nacional. A WebCitizen, uma empresa paulista especializada em pesquisas voltadas para a internet, lançou com sucesso um aplicativo que tem um nome bastante sugestivo: Política de Boteco. Pra quem não lembra, a WebCitizen é a mesma desenvolvedora de um outro sucesso na internet, o site Vote na Web, que apresenta aos internautas uma espécie de resumo dos principais projetos de lei em tramitação na Câmara e no Senado Federal.
E agora a iniciativa do Política de Boteco é bastante oportuna. Afinal de contas, um dos temas mais recorrentes em qualquer bar ou restaurante são justamente nossos políticos e suas ideias e propostas. Em época de campanha eleitoral, então, é um prato cheio.
Pois a ideia do grupo foi dar uma “mãozinha” a esse papo informal entre amigos, fornecendo, através do aplicativo, informações um pouco mais detalhadas sobre um político, suas propostas, como foi o desempenho em seu mandato mais recente, a relevância e a coerência de seus projetos de lei e até mesmo se a proposta foi aceita ou a rejeitada pelos outros parlamentares.
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É bom ficar de olho e acompanhar de perto a iniciativa do Política de Boteco, pois lá já estão cadastrados projetos de grande repercussão, como o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, fim dos salários do vereadores em municípios com menos de 50 mil habitantes, redução da maioridade penal, estabelecimento do passe livre para estudantes em todo território nacional, proibição de venda de armas aos cidadãos e muito mais.
A ideia é pinçar regularmente 20 projetos para servirem de “munição” para muita conversa animada nas rodas de amigos. Uma excelente iniciativa para a cidadania, pois serve de estímulo para o exercício da nossa maior responsabilidade enquanto cidadãos atuantes: a responsabilidade política de tomar conta dos mandatos eleitos, dos orçamentos públicos e sua aplicação e de participar da consolidação das instituições democráticas, em especial as instituições políticas, as jurídicas e as de controle e gestão do Estado.
Pelo lado de “lá”, esta nova ferramenta também pode ser uma boa oportunidade para que candidatos, políticos eleitos e suas equipes possam avaliar ideias e propostas antes mesmo de votações em plenário ou em comissões temáticas. Uma chance para reformular trechos de projetos de lei, discutir melhor com seus pares e bancadas ou simplesmente decidir pela retirada da proposição da pauta. Assim, quem sabe nossas excelências não passem a ficar mais sintonizadas com o que realmente deseja a sociedade.
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