“1. Muito embora não haja registro sobre telefonemas trocados com Carlos Ramos (Cachoeira ), meu nome aparece em diálogos entre o mesmo, o Senador Demóstenes Torres e pessoas do relacionamento de ambos; registre-se que não fui, em momento algum, alvo de investigação, nem tive meus telefones monitorados;
2. Reitero que conheci o Senador em 2007 e mantive amizade com o mesmo e seus familiares; entretanto com Carlos Ramos, tive raros contatos, especialmente em encontros de natureza social, face minha responsabilidade como presidente da Companhia Energética de Goiás não guardar relação com interesses empresariais do mesmo, haja vista que, publicamente, aparecia como empresário das áreas de remédios e agronegócio. A questão do jogo, dizia-se em Goiás, era coisa do passado.
3. Retornando à Santa Catarina e como presidente da SCPar – Participações e parcerias, recebi do Senador Demóstenes e de tantas outras pessoas físicas e jurídicas a nível nacional, telefonemas solicitando recepcionar grupos empresariais interessados em investir em nosso Estado; registre-se que a missão maior da SCPar é justamente atrair investimentos para Santa Catarina;
4. Pontualmente: o primeiro tratava-se de receber um Grupo, acompanhado de advogado interessado em protocolar na Codesc, parecer do renomado jurista nacional Geraldo Brindeiro, o qual, conforme tratativas iniciadas no ano anterior com a diretoria da Empresa, sustentaria a Constitucionalidade da LOTESC e a criação de uma Loteria Estadual, como forma de viabilizá-la e gerar receita para a Empresa.
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5. Como era início de 2011 e o assunto vinha do ano anterior, após ouvir os interessados, não dei sequência, jamais tendo contatado o presidente da Codesc, primeiro pelo fato da matéria não ser de responsabilidade da SCPar, bem como por ter conhecimento que o Governador, por concepção pessoal, sempre foi contra o jogo;
6. A questão referente a extinção da Codesc foi ventilada publicamente, tendo recebido na SCPar empregados da casa e consultas externas sobre a veracidade de estudos com aquele objetivo; na visita do governador de Goiás ao governador Raimundo Colombo, no carnaval do ano passado, este assunto não foi em momento algum abordado;
7. O segundo pedido foi no sentido de receber diretores de uma empresa interessada em apresentar projeto de construção de uma nova Rodoviária no lugar do Terminal Rita Maria, em Florianópolis, aproveitando modelos bem concebidos em Goiânia e Brasília; os recebi juntamente com diretores e técnicos da SCPar, oportunidade em que foi feita a referida apresentação.
8. O assunto não avançou tecnicamente e a idéia de PPP – Parceria Público Privada não chegou a ser encaminhada à Seinfra e ao Deter. Ao governador jamais foi apresentado.
Finalmente, declaro nunca ter tido relação comercial ou pessoal com Carlos Ramos ( Cachoeira ) e sim, atendido pleitos do Senador Demóstenes, Promotor e Procurador de Justiça, à época homem de reconhecida e ilibada reputação, autor do prefácio do livro Ficha Limpa, iniciativa da OAB e um dos maiores expoentes do Congresso Nacional, a ponto de ter sido eleito, diversas vezes, por jornalistas especializados um dos 100 brasileiros mais influentes.
A nação está perplexa; comigo não é diferente.
Exerci minhas atividades na CELG, como Controller, chegando a Diretor e Presidente, credenciado como técnico do setor elétrico, após experiência exitosa na CELESC, onde a modelagem da operação BNDES serviu como exemplo de sucesso e de boa governança econômico-financeiro.
Deixei a Empresa por iniciativa própria, após ter concluído o desenho de operação de saneamento similar ao modelo Catarinense e não ter obtido apoio governamental para sua conclusão. Minha passagem por Goiás ficou marcada para sempre na minha memória, pelo fato de ter sido agraciado com os Títulos Honorários de cidadania Goianiense e Goiano, o que muito me honrou!
CONCLUINDO, AFIRMO QUE A MENÇÃO AO MEU NOME, INDEVIDAMENTE, AFORA OS CASOS APONTADOS ACIMA, SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE QUEM OS PRONUNCIOU, NÃO PODENDO POR ELES RESPONDER EM FUNÇÃO DE NÃO TER COMPREENDIDO OS CONTEXTOS CONSTANTES NO INQUÉRITO.
Florianópolis, 29 de Abril de 2012.
Enio Andrade Branco”
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