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Nesse grupo figura gente experiente, como o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE), que tentou a Prefeitura do Ceará. Inácio recebeu apenas 1,82% dos votos em uma eleição que vai para o segundo turno, em 28 de outubro, com Elmano de Freitas (PT), com 25,44% das escolhas, e Roberto Claudio (PSB), com 23,32%, ainda na briga. Mas o senador ao menos tem o mandato a exercer até 2015, enquanto outros sequer sabem o que é o ofício legislativo.
Ex-ministro dos Esportes, o comunista Orlando Silva também não conseguiu se eleger, apesar da experiência política. Afastado da pasta em outubro de 2011 pela presidenta Dilma, depois de denúncias de envolvimento em irregularidades, Orlando recebeu 19.739 votos, 0,35% dos votos válidos. Assim, ficou apenas com a 79ª colocação entre os candidatos a uma cadeira na Câmara Municipal de São Paulo.
Boleiros
Caso de Dinei, o ex-centroavante do Corinthians filiado ao PDT. Foram apenas 9.243 votos para o cargo de vereador em um eleitorado com mais de sete milhões de eleitores, com apenas 55 vagas em uma disputa com 1.227 concorrentes. Já o colega de chuteiras Marcelinho Carioca, que queria ser vereador pelo PSB também em São Paulo, recebeu 19.729 votos – a coligação de Marcelinho até elegeu 15 vereadores, em sistema de proporcionalidade, mas ele ficou no 28º lugar no grupo. O PDT de Dinei, por sua vez, sequer teve um vereador eleito.
Veja o vídeo de campanha de Dinei
Outro ídolo do futebol, Ademir da Guia, tentava se eleger vereador pelo PR em São Paulo. Com 14.345 votos, o ícone palmeirense da década de 1970 não conseguiu uma das 55 vagas e terminou a corrida eleitoral em sexto lugar na chapa. Sua coligação só levará três vereadores eleitos para o legislativo paulistano.
Já a peemedebista Patrícia Amorim tinha uma eleição dupla em 2012, uma intrinsecamente ligada à outra. Presidenta do Flamengo que tenta a reeleição, a ex-nadadora olímpica tentava o terceiro mandato de vereadora, mas terá de se contentar agora com a disputa naquele clube de futebol. Foram 11.687 votos, o que lhe conferiu a 19ª posição em sua chapa. Mas, caso o prefeito reeleito Eduardo Paes (PMDB) saia distribuindo cargos em secretarias entre vereadores eleitos na chapa (PMDB-PSC), a flamenguista ainda pode conseguir o retorno à Câmara Municipal do Rio.
Patrícia, que usou o atacante Vagner Love em sua propaganda de TV, foi acusada de misturar sua gestão no Flamengo com a função política. Recentemente, reportagem do canal esportivo ESPN mostrou que a flamenguista contratou, a partir de 2007, 25 aliados no Flamengo para o seu gabinete de vereadora, entre conselheiros, diretores e demais figuras ligadas ao clube.
Êxito
Por outro lado, teve quem, mesmo afastado das urnas há algum tempo, voltou a brilhar nas eleições. Ex-prefeito do Rio de Janeiro, César Maia tentou um posto mais modesto e conseguiu se eleger vereador pelo DEM, com 44.095 votos. Ficou atrás apenas de Rosa Fernandes (PMDB), pela terceira vez a mais votada do Rio, e Guaraná, também peemedebista.
Até recentemente uma das principais lideranças políticas do Estado do Rio de Janeiro, César Maia alcançou quase a metade dos 95.328 votos do filho Rodrigo Maia (DEM), que obteve apenas 2,94% da preferência do eleitorado fluminense para a Prefeitura do Rio de Janeiro. Um dos principais oposicionistas do governo Dilma na Câmara dos Deputados, Rodrigo não conseguiu sensibilizar as massas com sua companheira de chapa, Clarissa Garotinho (PR), também herdeira política – ela é filha do deputado federal Anthony Garotinho (PR).
Convencido a desistir da corrida à Prefeitura de São Paulo, o pagodeiro e apresentador comunista Netinho de Paula foi outro que se deu bem. Foram 50.698 votos recebidos em São Paulo, onde tem quatro anos como vereador pela frente. Segundo pesquisas eleitorais divulgadas no início da campanha em 2012, Netinho era um nome a ser considerado para prefeito, com alto poder de mobilização popular.
Famosidades
Tem vereador eleito para todos os gostos. Tem Washington (PDT), o “coração valente” do Fluminense, em Caxias do Sul; tem a funkeira “Mãe Loira do Funk” Verônica Costa (PR), nova vereadora do Rio; tem o ex-judoca Aurélio Miguel (PR), reconduzido à Câmara Municipal de São Paulo; o colega de tatame João Derly (PCdoB), que tenta agora o combate da política em Porto Alegre.
Agora, curioso mesmo foi o que aconteceu com o cantor Kiko, do grupo musical KLB. Candidato a vereador pelo PSD em São Paulo, ele não teve qualquer voto computado no estado – e por isso virou um dos assuntos mais comentados do Twitter. “Tá bom, vou confessar. Nem eu votei em mim!”, brincou, na rede social. Mas há uma explicação: como sua candidatura estava impugnada, porque o cantor não cumpriu dever de eleitor na eleição de 2010, seus 7.084 votos recebidos ficam suspensos até decisão final do Tribunal Superior Eleitoral. Mas não adianta: o número não é suficiente para eleger Kiko.