Ele mereceu muitas homenagens. Paul Bocuse é quase um sinônimo de alta gastronomia moderna. Inventor da “nouvelle cuisine”, também conhecido como o “papa da cozinha francesa”. Não há chef contemporâneo que não tenha sido, de alguma forma, inspirado por ele. Todos beberam de sua talentosa fonte criativa, de sua constante inovação e enorme paixão pela culinária.
“A gastronomia está de luto. Que nossos chefs nos quatro cantos do mundo cultivem os frutos de sua paixão”, afirmou o ministro francês do interior, Gérard Collomb. Cultivemos, pois, todos nós que também cultuamos a culinária, a arte de elevar o ingrediente vindo da terra às alturas da glória.
"Seu restaurante ostentou por mais de 50 anos três estrelas do Guia Michelin"
Leia também
Seu restaurante ostentou por mais de 50 anos três estrelas do Guia Michelin, um privilegio reservado aos deuses, e ele certamente era um deles. Reza a lenda que certa vez, durante entrevista ao jornal “Libération” ele disse: “Tenho três estrelas e sempre tive três mulheres”, referindo-se a seus três casamentos. Em 1990, fundou, em Lyon, o Instituto Paul Bocuse e também uma competição mundial de cozinha, o “Bocuse D’Or”. Ele foi o chef inspirador do filme “Ratatouille”, uma linda homenagem aos amantes da arte das panelas.
“Monsieur Paul”, como era carinhosamente conhecido, morreu aos 91 anos e sofria do mal de Parkinson. “Para mim, Deus morreu”, disse um dono de restaurante em Lyon. O presidente francês, Emannuel Macron, afirmou: “Os chefs choram em suas cozinhas, no Elysée e em toda a França, mas eles continuarão o seu trabalho”.
Do mesmo autor: