O vice-presidente do PT e vice-líder do governo na Câmara, Paulo Teixeira (PT-SP), condenou o que chama de “espetacularização” das ações da Lava Jato. Segundo o parlamentar, as operações têm sido cada vez mais midiáticas e com viés partidário. “Lula nunca negou depoimento à Justiça. Bastava a Polícia Federal apresentar um ofício que ele se apresentaria. Esta operação é desnecessária, é um abuso”, atacou.
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O petista ainda reitera o pedido da defesa de Lula para que as investigações sobre os imóveis do ex-presidente no estado São Paulo estejam restritas à Justiça estadual. “Não entendemos o que um juiz de primeira instância em Curitiba tende a acrescentar em uma investigação deste tipo, ainda mais envolvendo uma figura pública como o presidente Lula”, afirma Paulo Teixeira, em alusão ao juiz Sérgio Moro, que conduz as Lava Jato a partir do Paraná.
Por outro lado, a oposição comemorou as ações da Polícia Federal. O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), líder do PPS na Câmara, cravou que este “é o fim do Partido dos Trabalhadores”. Segundo o parlamentar, a chegada das operações ao maior líder do PT afeta diretamente o partido e seus defensores. “O PT saiu das páginas políticas para as páginas policiais, virou um antro da corrupção”, disse.
Segundo Bueno, depois de aditar ao processo de impeachment os relatos do senador Delcídio do Amaral (PT-MS) publicados ontem pela revista Isto É, a oposição agora vai aguardar o desfecho da 24ª etapa da Lava Jato para reforçar a luta pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff.
Os agentes da Polícia Federal e da Receita Federal concedem entrevista coletiva em Curitiba às 10h para apresentar o balanço da 24ª etapa da Operação Lava Jato.
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